🛑 “O Estado tem é que se f***”*. A frase, dita por um preso reincidente durante audiência de custódia em Lavras (MG), não é apenas um ultraje à Justiça — é o retrato de um sistema penal fragilizado por leis ultrapassadas e por uma política de desencarceramento que trata criminosos como vítimas da sociedade. O episódio expõe o empoderamento da criminalidade e a crescente sensação de impunidade no país no governo Lula.
O histórico do preso agrava o cenário: ele havia deixado a prisão apenas dois dias antes, após cumprir pena por porte ilegal de arma. A reincidência imediata e a postura beligerante reforçam a percepção de que o sistema penal falha em sua função de ressocialização e contenção da criminalidade.
🔥 Ameaças em plena audiência
Sullivan Luiz Carlos, preso em flagrante no dia 3 de junho após efetuar disparos de arma de fogo e portar entorpecentes, protagonizou uma cena alarmante ao ameaçar o Estado e declarar-se “inimigo número 1” do sistema. Em tom desafiador, afirmou que continuará no crime e que está disposto a “matar e morrer” por ele. A juíza Patrícia Narciso Alvarenga, que conduzia a audiência, entendeu as falas como ameaça direta ao Judiciário e à sociedade, convertendo a prisão em preventiva.
📉 Violência em alta, confiança em baixa
O caso ocorre em um momento em que a violência se tornou a principal preocupação dos brasileiros, segundo pesquisa Genial/Quaest divulgada em abril de 2025. O levantamento mostra que 29% da população apontam a criminalidade como o maior problema do país — o maior índice desde o início da série histórica.
⚖️ Desencarceramento sob crítica
O governo federal tem defendido o plano Pena Justa, que propõe o desencarceramento de presos e o uso ampliado de tornozeleiras eletrônicas. A medida, no entanto, enfrenta resistência de governadores e especialistas em segurança pública, que alertam para o risco de aumento da reincidência e da sensação de impunidade.
Além disso, a recente decisão da Justiça que descriminalizou o porte de até 40g de maconha também tem sido alvo de críticas por parte de gestores estaduais, que temem o enfraquecimento do combate ao tráfico e a desorientação das forças policiais.
🚨 Um alerta à sociedade
O episódio em Lavras não é isolado — é sintoma de um sistema que perdeu o controle sobre os limites entre justiça e permissividade. Quando criminosos se sentem à vontade para ameaçar o Estado em plena audiência, o sinal de alerta já não pode mais ser ignorado.
O caso se soma a outros casos recentes que evidenciam o empoderamento da criminalidade diante de um Estado acuado. Em setembro de 2024, durante uma audiência de custódia no Rio Grande do Norte, um preso por furto ameaçou o juiz Felipe Barros e declarou ser “mais perigoso que Fernandinho Beira-Mar”. Em tom de deboche, afirmou que bastava “estalar os dedos” para explodir o fórum e a casa do magistrado, além de se identificar como membro de facção criminosa.
Se a legislação não for revista e a política de segurança pública não for fortalecida, o risco é que o crime continue a se organizar, a desafiar o poder público — e a sociedade pague o preço.