Show da Lady Gaga: ladrões tinham aparato para invadir contas digitais do público

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Quadrilha que roubava celulares durante evento e foi desbaratada pela polícia tinha comparsas prontos para transferir dinheiro das vítimas e desmontar aparelhos para revenda no mercado paralelo

Quadrilha que roubava celulares durante evento e foi desbaratada pela polícia tinha tinha comparsas na Uruguaiana prontos para transferir dinheiro das vítimas e desmontar aparelhos para revenda no mercado paralelo

A Polícia Civil deflagrou, neste sábado (03/04), a “Operação Rastreio”, uma série de ações contínuas para combater organizações criminosas envolvidas em roubo, furto, receptação e desbloqueio de celulares em todo o estado. Em sua primeira ação, agentes da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) desarticularam uma quadrilha altamente estruturada, que atuavam principalmente na região da Uruguaiana, no Centro do Rio. Os criminosos estavam posicionados e aguardavam integrantes do grupo que agiriam no show da Lady Gaga.

Ao todo, 16 criminosos foram presos, incluindo quatro das principais lideranças do grupo, responsáveis não apenas pela receptação e desmontagem dos aparelhos, mas também por comandar o esquema de distribuição e revenda no mercado paralelo. Parte dos detidos também vendia cursos virtuais para desbloqueio de celulares, ampliando o alcance do crime.

O grupo mantinha um escritório equipado com softwares e ferramentas tecnológicas de ponta para desbloqueio de aparelhos, além de operar um verdadeiro “plantão criminoso” de compra e revenda de celulares roubados, com atividades 24 horas por dia. Além da atuação diária em áreas comerciais, a quadrilha também tinha forte presença em grandes eventos, onde o furto de celulares se intensifica.

As investigações revelaram que a quadrilha atuava de forma destemida e intimidadora, impondo regras próprias e exercendo controle territorial na região da Uruguaiana, chegando a ameaçar os próprios vendedores de aparelhos subtraídos. O comportamento revela a convicção do grupo quanto ao domínio que exercia sobre a dinâmica criminosa no local.

Polícia também investiga fraudes bancárias

Além da receptação, os criminosos também são investigados por fraudes bancárias, utilizando aplicativos financeiros instalados nos celulares das vítimas após os furtos e roubos.

Todo o material apreendido, incluindo notebooks, computadores e dispositivos de armazenamento, será encaminhado à perícia técnica, com o objetivo de aprofundar a investigação e confirmar os crimes cibernéticos e financeiros relacionados. Aproximadamente 200 aparelhos de telefonia e seis notebooks foram recuperados, além de máquinas de cartão e peças de celulares.

A Operação Rastreio reforça o compromisso da Polícia Civil em atacar todas as etapas da cadeia criminosa que envolve o comércio ilegal de celulares, desde o furto e roubo até as engrenagens tecnológicas que viabilizam a revenda e a impunidade.

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