Entre os parlamentares que representam o Rio de Janeiro em Brasília, deputados federais de esquerda figuravam, nesta quarta-feira (6/12) nas últimas colocações da plataforma Ranking dos Políticos, criada para trazer transparência ao desempenho e performance dos representantes no Congresso Nacional, atuando de forma independente e crítica.
Em busca realizada às 12h25 na plataforma e que levou em conta 48 congressistas do estado, entre deputados federais e senadores, os deputados Dimas Gadelha (2,27), Reimont (2,25), Benedita da Silva (1,88) e Lindbergh Farias (0,00), todos do Partido dos Trabalhadores (PT), estavam com as piores notas. A pontuação varia de zero a 10.
Para constar no ranking, o parlamentar precisa ter ao menos seis meses de legislatura.
Como há casos de congressistas que assumem outras funções e são substituídos por suplentes, nem todos, necessariamente, são submetidos à avaliação.
A classificação leva em conta critérios de combate aos privilégios, ao desperdício e à corrupção no poder público.
O Ranking inclui dados sobre presenças nas sessões, economia de verbas, processos judiciais e votações dos parlamentares nas decisões mais importantes do Congresso
Na outra ponta
Este ano o Ranking dos Políticos vai premiar 116 parlamentares, 13 deles do Rio de Janeiro, que receberão o reconhecimento pela atuação no ano legislativo. A consulta para a premiação foi feita no site politicos.org.br no dia 12 de novembro de 2023.
Os parlamentares com nota superior a 7 integram a lista Excelência Parlamentar 2023 e participarão da cerimônia de premiação em 13 de dezembro.
O reconhecimento público do Ranking dos Políticos ocorre desde 2016 e é uma forma de contribuir com o reconhecimento dos parlamentares que prestam bons serviços ao parlamento.
Como funciona
As orientações da organização seguem de acordo com os pareceres de um Conselho de Leis, composto por 30 membros de diversos setores – incluindo nomes de ex-Ministros que presidiram o STF, ex-presidentes do Banco Central, ex-parlamentares e ex-Ministros de Estado.
Para acompanhar um projeto de lei, a equipe de relações governamentais envia a matéria com as principais mudanças, pontos positivos e pontos negativos. Assim, os conselheiros deliberam entre si e decidem se a organização irá ou não acompanhar e pontuar o projeto. Para um projeto ser caracterizado como positivo é preciso 75% de consenso.
O que diz Lindbergh
Sobre sua avaliação, o deputado argumenta que sua luta é diária e precisa ser exercida em muitos espaços, não só no Congresso, mas junto ao povo.
“É assim que entendemos a política e a defesa de um Brasil com justiça social, ambiental, econômica, política, cultural, nutricional e alimentar!”
Ele argumenta, ainda, que participa de seis comissões permanentes, incluindo a Comissão de Ciência, Tecnologia e Inovação, como 2º Vice-Presidente, e as de Trabalho, Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa e de Administração e Serviço Público, e coordeno a Frente Parlamentar Mista em Defesa da População em Situação de Rua.
“Chegamos ao final do primeiro ano de mandato na Câmara Federal, com produção intensa, na luta para aprovar as agendas do governo do nosso presidente Lula e barrar as propostas conservadoras e de retrocesso dos neoliberais e da extrema direita”.
O deputado destaca que o Brasil tem urgências e que “a maior delas é a fome”.
“Na Câmara, apresentei dois PLs nesse sentido, incluindo o Programa Nacional do Afroempreendedor, de incentivo a pequenos e microempresários negros”.
Os demais deputados não foram encontrados ou ainda não se pronunciaram.