A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apura suspeitas de irregularidades na aplicação da verba da Saúde em Cabo Frio deu cinco dias para a prefeita Magdala Furtado (PV) explicar onde foi para o repasse de R$ 55 milhões destinados pelo Ministério da Saúde ao município. A comissão, presidida pelo vereador Josias da Swell (PL), não descarta convocar a prefeita a depor.
A suspeita, segundo o parlamentar, é que os recursos da saúde tenham sido utilizados para o pagamento da folha de pagamento da prefeitura, que segundo ele inchou nos últimos meses com a distribuição de cargos comissionados que teria sido promovida pelo Executivo.
Ao todo, seis requerimentos de informações foram encaminhados à prefeitura. O prazo de cinco dias, segundo Josias da Swell, deve começar a contar na segunda-feira (11), quando o Executivo provavelmente receberá a notificação. “Esse prazo para responder aos requerimentos poderá ser prorrogado no máximo mais cinco dias, caso haja solicitação da prefeitura”, explica o vereador.
Antes de convocar a prefeita, Josias da Swell diz que Legislativo deve chamar para depor o secretário de Saúde de Cabo Frio, Bruno Alpacino, e servidores responsáveis pelo setor de recursos humanos do Executivo.
A suspeita de irregularidades surgiu após a ministra da Saúde, Nísia Trindade, destinar a Cabo Frio R$ 55 milhões para ações de média e alta complexidade. Um mês depois, no último dia 5 de janeiro, Márcio Sampaio, filho da ministra, foi nomeado secretário de Cultura do município.
Também integram a CPI os vereadores Adeir Novaes (vice-presidente), Davi Souza (relator), Carol Midori e Átila Mota.