O trânsito na Zona Sul do Rio de Janeiro parece sempre ter espaço para piorar — e o Shopping Rio Sul está aí para provar isso.
A má gestão da segurança e da circulação nas imediações do centro comercial, na Zona Sul, transforma o entorno em um verdadeiro caos diário. Nesta sexta (13), com o túnel Santa Bárbara parcialmente interditado, a situação ficou ainda mais insustentável.
A entrada e saída do estacionamento do shopping diversas vezes se assemelha a um campo de batalha, com carros disputando cada centímetro de espaço em cruzamentos mal sinalizados e sem qualquer tipo de controle efetivo.
O pior de tudo é a postura da Guarda Municipal, que deveria ser a responsável por coordenar o trânsito e aliviar os gargalos, mas, ao contrário, parece ignorar a magnitude do problema. Posicionada no térreo do shopping “coordenando” o trânsito, não faz mais do que se limitar a observar o engarrafamento crescer sem tomar nenhuma atitude efetiva.
O resultado é uma verdadeira desordem nas ruas, com filas intermináveis e motoristas estressados, enquanto os agentes, ao invés de gerenciar a situação, apenas se deixam levar pela correnteza do caos.
A guarda — que mais observa o desastre, como se fosse de outro a competência — e o shopping, com toda a sua estrutura, parecem não ver a responsabilidade que têm na crise de mobilidade diária.
Enquanto nada muda, a população paga o preço com seu tempo e sua paciência.
Procurada, a Guarda Municipal respondeu que encaminhou a denúncia para a Subdiretoria de Trânsito “para averiguar e tomar as medidas cabíveis”.
A Guarda Municipal também informou que atua no patrulhamento preventivo da região com equipes do Grupamento Especial de Trânsito da Zona Sul e que a fiscalização será intensificada, tendo em vista que no período de fim de ano, aumenta o movimento no entorno de shoppings e centros comerciais.
Viatura da PM vira ‘obstáculo móvel’ em Copacabana e trava o trânsito
Na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, altura do número 935, uma viatura da Polícia Militar foi flagrada estacionada na faixa de ônibus, causando um engarrafamento digno de horário de pico. Enquanto o trânsito se arrastava, o policial parecia mais interessado no celular do que em contribuir para a fluidez da via.
A presença da viatura fazia parte de uma ação de policiamento ostensivo, mas o local escolhido para estacionar — a faixa exclusiva para ônibus — não era apropriado. O posicionamento correto deveria ser, no mínimo, na calçada, evitando interferir no tráfego já sobrecarregado da região.
A situação exemplifica o chamado “policiamento sem noção”, em que a tentativa de garantir segurança acaba gerando um efeito contrário, desorganizando ainda mais a rotina de quem transita pela área.
Em nota, a PMERJ informou que os roteiros de baseamento pré-definidos, estipulados após análises criminais e estratégicas dos comandos de seus batalhões, e que a presença nestes pontos visa coibir os roubos de veículos e de motoristas no trânsito. Sobre o uso do celular pelo agente, a corporação informou que “os policiais são orientados quanto à utilização do aparelho para questões inerentes ao serviço e de maneira moderada, mantendo a atenção na atividade que deve ser exercida”.
Parece que a estratégia não levou em conta o que uma simples viatura mal posicionada pode causar em uma das avenidas mais movimentadas da Zona Sul. Em tempos de trânsito cada vez mais caótico e cobrança por eficiência, a segurança pública não deveria colaborar para o aumento dos engarrafamentos — em plena sexta feira.