A polícia pode ter se deparado com mais um caso Henry Borel. Trata-se de Benjamim Leonel, um menino de dois anos que deu entrada na última segunda (13) na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Parque Lafaiete, em Caxias, com traumatismo craniano. A criança, que também apresentava muitas marcas roxas pelo corpo, sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O menino tinha ainda sinais de desnutrição. Acionada pela equipe de plantão na UPA, a Delegacia de Homicídios (DH) da Baixada pediu a prisão da mãe e do padrasto. Eles foram ouvidos na delegacia, mas negaram o crime.
Laudos médicos apontaram que a causa da morte foi hemorragia interna do abdômen e laceração hepática por ação contundente, que podem ter sido causadas por pancadas violentas. Segundo a polícia, testemunhas contaram que antes do menino ser levado ao hospital ouviram gritos. Eles relataram que a criança já era vítima de maus-tratos. O corpo do menino foi enterrado na tarde de quarta (15) no Cemitério Tanque do Anil, em Caxias.
“Mais uma vez nos deparamos com a perda de uma criança inocente que escancara a urgência de proteger nossas crianças de qualquer tipo de violência. A morte desse menino de apenas dois anos é revoltante. A Lei Henry Borel, que endureceu as punições para crimes cometidos contra crianças e adolescentes, foi criada justamente para combater essas atrocidades e punir severamente os responsáveis” declarou o vereador do Rio Leniel Borel (PP), que transformou a luta contra a violência infantil em sua principal causa após a tragédia que tirou a vida de seu filho Henry.
“Esse não pode ser apenas mais um número em estatísticas de violência infantil. Precisamos investigar, punir os responsáveis com o máximo rigor e reforçar as políticas públicas que garantam a segurança e o cuidado das nossas crianças. É em nome dessas crianças que continuarei cobrando que ela seja aplicada em sua totalidade. Nenhuma criança merece viver – ou morrer – em meio à violência”, completou.