Feita de ouro? Ponte de 14 metros em Niterói custa R$ 5 milhões e gera suspeitas de superfaturamento

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“É inaceitável que uma ponte de 14 metros feita pela Prefeitura custe praticamente o mesmo que uma de 124 metros feita por cidadãos comuns”, dispara o deputado Douglas Gomes, referindo-se à Ponte Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Roma do Sul (RS), que custou R$ 6 milhões. Parlamentar, que vistoriou o local acompanhado do vereador Michel Saad, já denunciou caso para ao Ministério Público

A construção de uma ponte com passarela de apenas 14 metros, ligando os bairros Santa Bárbara e Matapaca, em Niterói (RJ), está no centro de uma forte polêmica após a revelação de que a obra custou R$5 milhões aos cofres públicos.

A indignação popular ganhou força nesta segunda-feira (19), quando o deputado estadual Douglas Gomes (PL) e o vereador Michel Saad (Podemos) estiveram no local para fiscalizar pessoalmente a estrutura.

“É inaceitável que uma ponte de 14 metros feita pela Prefeitura custe praticamente o mesmo que uma de 124 metros feita por cidadãos comuns”, Douglas Gomes, referindo-se à Ponte Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Roma do Sul (RS), que custou R$ 6 milhões.

Douglas Gomes e Michel Saad protocolaram representações formais junto ao TCE e ao MP-RJ, solicitando a abertura de uma auditoria completa na obra

Durante a vistoria, os parlamentares apontaram indícios de superfaturamento e falta de transparência no projeto.

Como resultado da fiscalização, Douglas Gomes e Michel Saad protocolaram representações formais junto ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) e ao Ministério Público do Estado (MP-RJ), solicitando a abertura de uma auditoria completa na obra.

O pedido inclui análise técnica, documental e de orçamentos utilizados na contratação e execução da ponte.

“Estamos falando de uma obra com extensão reduzida, valor elevado e ausência de informações técnicas detalhadas acessíveis ao público. É prerrogativa do parlamentar fiscalizar, buscar transparência e assegurar que o dinheiro do contribuinte esteja sendo bem utilizado”, afirmou Douglas Gomes.

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As obras foram executadas pela Empresa de Infraestrutura e Obras de Niterói (ION), antiga Emusa, que mudou de nome após ser investigada por suspeita de contratar funcionários fantasmas, além de nepotismo e falta de transparência nas contratações.

Michel Saad, que já vinha questionando os altos custos da obra, reforçou a importância da união entre os poderes municipal e estadual para apurar o caso.

“É nosso dever exigir explicações e responsabilidade. O cidadão de Niterói merece respeito e uma gestão pública transparente”, declarou o vereador.

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Ponte de 124 metros saiu quase pelo mesmo preço

O caso se tornou ainda mais polêmico ao ser comparado com a construção da Ponte Nossa Senhora de Caravaggio, em Nova Roma do Sul (RS).

A estrutura, erguida pela comunidade local após enchentes que destruíram a anterior, tem 124 metros de extensão, capacidade para 45 toneladas, e custou R$6 milhões — valor arrecadado integralmente por moradores, sem um centavo de recurso público.

Diferente da obra de Niterói, a ponte gaúcha foi concluída em pouco mais de quatro meses, com engajamento popular e total transparência no uso dos recursos.

“É inaceitável que uma ponte de 14 metros feita pela Prefeitura custe praticamente o mesmo que uma de 124 metros feita por cidadãos comuns. Vamos até o fim para garantir que essa conta seja esclarecida”, completou Douglas Gomes.

O gabinete do deputado e o mandato do vereador Michel Saad aguardam agora os desdobramentos das representações, incluindo a resposta formal do TCE-RJ e do MP-RJ.

Caso sejam confirmadas irregularidades, o parlamentar afirma que buscará responsabilização administrativa e, se for o caso, judicial dos envolvidos.

 

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