‘Regras da firma’: traficantes impõem manual do medo na Praça Seca

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A prática pode ser vista, também, em diversas outras comunidades do Rio - Foto: Reprodução

Se você é morador ou visitante da Praça Seca, na Zona Oeste, o recado está dado: abaixe os vidros, acenda a luz interna do carro e ligue o pisca-alerta ao entrar na comunidade do Complexo da Barão. Não é uma recomendação de segurança ou campanha educativa, mas uma ordem dos traficantes que dominam o local.

Na madrugada desta quinta-feira (26), faixas com essas “regras” foram espalhadas por ruas do entorno da comunidade. As fotos circularam rapidamente em grupos nas redes sociais, acompanhadas de mensagens que confirmavam: “as faixas estão por toda parte, e quem não cumprir, está sujeito às consequências.”

Para o morador, o que isso significa? As faixas são um lembrete diário de quem realmente manda na área. Já para quem só visita, são um choque de realidade sobre a convivência forçada entre moradores e criminosos, onde as regras do jogo são ditadas por quem tem o poder das armas.

Enquanto as ordens continuam erguidas, a sensação é de que o morador vive sob um “manual do medo” imposto pela violência e pela ausência do poder público. E no meio disso tudo, fica a pergunta: até quando o carioca vai ter que obedecer às ordens de quem deveria ser combatido, não tolerado?

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