Durante encontro com Eduardo Paes, que mais pareceu eleitoreiro, o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a concessão da Light poderá não ser renovada, diante das constantes quedas de luz no Rio. O prefeito, por sua vez, disse que foi dado um ultimato à concessionária. Onde estavam ambos, que só perceberam a tragédia que é o serviço prestado pela Light a menos de 90 dias das eleições?
O ministro e o prefeito estiveram neste sábado (27) na subestação da Light no Tauá, na Ilha do Governador, um dos bairros que enfrentam os apagões. Na ocasião, o presidente da Câmara do Rio, Carlos Caiado, que também esteve presente, lembrou que o Legislativo cobra planejamento da Light desde o fim do ano passado, justamente para que a concessionária se antecipasse aos problemas que já eram esperados. Menos pelo prefeito e pelo ministro, pelo visto, pois só resolveram se mexer agora.
“As distribuidoras que vencem [o contrato] até 2031 estão em processo de análise de renovação, e a Light é uma delas. Não teremos nenhuma leniência com nenhuma empresa. O nosso compromisso é com a sociedade brasileira”, declarou Silveira no encontro, sem convencer.
De um lado, o ministro e o prefeito criticam a demora da concessionária em fazer os investimentos para renovar a rede e dizem que os motivos apresentados pela Light para os apagões é que não convencem. Do outro, a distribuidora culpa os gatos e as fraudes pelo desvio de 36% da energia na região.
E o cidadão, no meio do jogo de empurra e das bravatas, como sempre é quem paga a conta.