A quarta-feira (4) terminou amarga para Eduardo Paes (PSD). Depois de costurar sua vitória na Câmara do Rio — que aprovou, em primeira discussão, a criação da Força de Segurança Municipal com votos do MDB e PP, partidos ligados a Cláudio Castro (PL) e Rodrigo Bacellar (União) — o prefeito virou alvo preferencial na Alerj.
Deputados bolsonaristas como Knoploch, Poubel e Rodrigo Amorim foram pra cima, irritados com a infidelidade das bancadas que dividem cargos no estado, mas ajudaram o prefeito a emplacar o projeto da Guarda. “O chão está riscado”, repetiram, avisando que não vão tolerar “gente mamando nas duas tetas”.
E nem a esquerda aliviou. O deputado Yuri Moura (Psol) chamou Paes de “caoseiro” e “rei da indústria das multas”, encerrando a sessão com gosto de sabatina.
Entre ironias e recados, o clima na Alerj foi de recado coletivo: quem governa atropelando os outros poderes, uma hora acaba esmagado. E não adianta tentar agradar todo mundo — a direita já riscou o chão e a esquerda, pelo visto, também.