Deputados bolsonaristas criticam vereadores de partidos da base do governo que apoiaram projeto de Paes

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“Não tem como acender vela para dois santos. Até porque de santo o Eduardo Paes não tem nada”, disparou Filippe Poubel, líder do PL na Alerj, sobre avanço da Força Municipal de Segurança na Câmara do Rio, que atropela a Constituição e desvaloriza a Guarda (Octacílio Ramos/Alerj)

Deputados de direita usaram a tribuna durante sessão plenária na Alerj, nesta quarta-feira (04), para criticar os vereadores de partidos da base do governo na Câmara do Rio que votaram pela aprovação do PL do prefeito Eduardo Paes (PSD) que cria a Força de Segurança Municipal.

O deputado Alexandre Knoploch (PL) iniciou as críticas, apontando que com as eleições se aproximando, é hora de escolher um lado e se posicionar.

“Tem uma coisa que eu concordo com o grupo de Eduardo Paes. O chão está riscado na política fluminense. De um lado temos o nosso presidente Rodrigo Bacellar e do outro nós temos o prefeito Eduardo Paes. Não é novidade para ninguém. Só que, infelizmente, na política tem gente que não honra o que veste, que é moleque e que acaba ficando com um pé em cada jangada”, disse.

O líder do PL na Alerj, Filippe Poubel, reiterou que enquanto têm vereadores fiscalizando e cobrando o município, outros “pedem benção” para Paes e Cláudio Castro ao mesmo tempo.

“Não tem como acender vela para dois santos. Até porque de santo o Eduardo Paes não tem nada”, bradou.

Na votação na Câmara do Rio, tiveram vereadores do MDB, Progressistas e Republicanos que escolheram o lado do prefeito, o que provocou a revolta dos deputados já que as siglas ocupam, inclusive, várias secretarias no estado.

O PP, por exemplo, além da poderosa Secretaria de Saúde, ocupa também a Secretaria de Turismo e o IPEM, por indicação direta de um deputado do partido, Dionísio Lins. Na hora da votação, sua esposa, Vera Lins, também votou favorável à proposta de Paes.

Já o MDB tem a fortíssima Secretaria Estadual de Transportes e também ocupa a pasta de Esportes e o DETRO. O Republicanos, por sua vez, está no comando da Secretaria de Ação Social.

O presidente da CCJ, Rodrigo Amorim (União) citou como exemplo o vereador Leniel Borel (PP).

“No primeiro aceno do prefeito Eduardo Paes, que aconteceu minutos antes da sessão começar, botou o rabinho entre as pernas, saiu do gabinete do prefeito e voltou com a opinião divergente. Mudou de opinião em fração de segundos. Que poder de convencimento que o prefeito tem”, avaliou Amorim.

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