Durante a CPI da Transparência da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), o deputado Filippe Poubel (PL), vice-presidente do colegiado, questionou a ausência de contrapartidas sociais da Cedae, que vem patrocinando eventos que já custaram milhões de reais à companhia.
Em oitiva realizada nesta terça-feira (01/10) a gerente de comunicação da Cedae, Denise Ribeiro, admitiu que não houve destinação de recursos da companhia para as áreas de educação e saúde pública.
“O que temos visto é uma farra com dinheiro público para bancar camarote de carnaval, almoços, eventos que em nada revertem para a população fluminense. Escolas, hospitais, unidades públicas de saúde não receberam nenhum patrocínio da Cedae”, bradou Poubel na CPI, reiterando as críticas no plenário da Alerj.
No carnaval, somente para o camarote de uma revista que cobre celebridades, a Cedae destinou mais de R$ 4,5 milhões; além de R$ 400 mil para um evento de blocos carnavalescos, R$ 1,5 milhão para almoços do grupo Lide, R$ 250 mil para um santuário, entre outros valores expostos pela CPI.
“O que presenciamos aqui é a total falta de transparência, um escárnio com o dinheiro público”, bradou o presidente da CPI, deputado Alan Lopes (PL).
Para o relator, Rodrigo Amorim (União), não há condições da atual direção da Cedae permanecer, incluindo a gerente de comunicação presente à oitiva, da qual pediu a exoneração do cargo.
- Imagem/Thiago Lontra/Alerj