Pesquisa Quaest que acaba de sair do forno nesta terça-feira (2/4) mostra que a popularidade de Lula (PT) segue ladeira abaixo. Para a maioria dos entrevistados (43%) o governo do presidente petista é pior que o de Jair Bolsonaro (PL). Apenas 39% disseram o contrário. Para 81% dos entrevistados, Lula deve mudar a forma de governar nos próximos dois anos, se não quiser ver a vaca ir para o brejo em 2026.
O presidente petista recebeu a pior avaliação desde que foi eleito e tem sua administração desaprovada por 56% dos entrevistados (no último levantamento eram 49%), contra apenas 41% que aprovam. Ao todo 41% avaliam o governo de forma negativa, enquanto só 27% de forma positiva.
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Maioria diz que Lula é mal intencionado
A impopularidade de Lula não para por aí. Para a maioria dos entrevistados (47%) o presidente petista não é bem intencionado. Não à toa 71% afirmam que Lula não conseguiu cumprir suas promessas de campanha.
A maioria dos entrevistados (56%) diz que o Brasil está indo na direção errada, contra apenas 36% que acham que o país vai na direção certa. E quando o assunto é economia, os números também não são nada favoráveis ao presidente. Muito pelo contrário. Para 88%, os preços dos alimentos subiu, ante 6% que afirmam que caiu, apesar do INPC mostrar o contrário.
O descontentamento da população com o preço dos combustíveis é semelhante: 70% disseram que subiu contra 4% que afirmam que caiu. O mesmo também vale para as contas de água e luz. Para 65% elas subiram, ante apenas 5% que dizem que caíram.
A pesquisa mostra que o brasileiro viu seu poder de compra despencar igual a popularidade de Lula. Para 81% está menor do que há um ano, contra apenas 9% que acham que está maior. Para 53% dos entrevistados também ficou mais difícil conseguir emprego. Apenas 35% responderam que ficou mais fácil.
Até a mídia, que em sua maioria se mostra favorável ao presidente, têm encontrado dificuldades para dar notícias positivas do governo Lula. A situação do petista está tão complicada que a maioria (47%) dos entrevistados diz ter visto mais notícias negativas do que positivas (23%) sobre seu governo.
Violência é a principal preocupação
A política de desencarceramento e o crescente incentivo à bandidolaria parecem ter pesado também sobre a avaliação de Lula. A violência (29%) é apontada como a principal preocupação dos entrevistados, seguida por questões sociais (23%), economia (19%) saúde (12%) corrupção (10%) e educação (7%).
E para piorar ainda mais a situação de Lula, a estratégia do presidente de voltar a aparecer em público e dar declarações parece não estar surtindo o efeito espeerado. A maioria (50%) diz que as aparições de Lula têm piorado a percepção que tem sobre ele, contra apenas 31% que dizem que tem melhorado.
A pesquisa ouviu 2.004 pessoas, presencialmente, entre os dias 27 e 31 de março; margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.