O deputado Anderson (PL) protocolou nesta quarta (3) uma Moção de Repúdio contra o empresário Luís Cláudio Lula da Silva, filho mais novo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem chamou de “canalha”. O empresário é acusado de violência doméstica contra a médica Natália Schincariol, com quem mantinha um relacionamento há cerca de dois anos.
Em discurso no plenário, Anderson pediu aos colegas parlamentares ajuda para obter o máximo de assinaturas possível para a moção de repúdio. O deputado disse que tem duas filhas e que não pode aceitar que casos como esse ocorram. Ele ressaltou ainda o fato da Justiça ter determinado que o filho de Lula se mantenha afastado da ex-companheira.
Bolsonarista, Anderson fez questão de destacar estudos que mostram o crescimento da violência contra a mulher no primeiro ano do Governo Lula. “Foram 1.463 casos noticiados, nos 26 estados”, citou.
Por fim, conclamou em tom desafiador as deputadas da Casa a se posicionarem diante do fato, já que várias delas são apoiadoras do governo Lula.
“Eu tenho absoluta certeza de que as deputadas desta Casa vão assinar junto comigo a moção de repúdio, contra – desculpem – esse canalha. A pessoa que bate em mulher, para mim, é canalha; canalha e covarde”, concluiu.
O caso
O casal teria se separado recentemente após a mulher ter descoberto supostas traições. No último dia 2, a médica fez um boletim de ocorrência pela internet, relatando episódios de supostas agressões físicas, verbais e psicológicas ocorridas desde janeiro.
“Me deu uma cotovelada na barriga em uma das brigas no final de janeiro”, relatou a médica no registro.
A médica disse que o boletim de ocorrência não foi registrado antes porque Luís Cláudio teria dito que não aconteceria nada com ele, por ser filho do presidente da República.
A Justiça de São Paulo, onde residem os dois, concedeu medida protetiva à médica, impedindo que Luís Cláudio se aproxime dela.
O filho de Lula nega as acusações, classificando as declarações da médica como “fantasiosas”. A defesa de Luís Cláudio informou que não descarta entrar com ação por danos morais contra a médica.