O prefeito Eduardo Paes (PSD) bem que tentou, mas não conseguiu convencer. Ele disse que se for reeleito vai cumprir o mandato até o final e que não deixará o cargo em 2026 para se candidatar a governador. Para quem acredita em Papai Noel, foi uma grande sacada.
A declaração foi feita durante entrevista ao jornalista Edimilson Ávila, do G1, na tarde desta segunda (5), iniciando uma série de sabatinas com os candidatos a prefeito do Rio.
Estádio não causará impacto viário
Durante a entrevista, Paes também afirmou que não teme que o novo estádio do Flamengo, na região do Gasômetro, anunciado às vésperas destas eleições, cause impacto viário, o que também não convenceu, por contrariar a opinião de especialistas.
O estádio terá capacidade para 80 mil pessoas e ainda prevê um centro de convenções, sendo que a região já sofre com frequentes engarrafamentos, recebendo fluxo de veículos dos acessos da Ponte, da Av. Brasil, do Porto e da rodoviária, que atrai mais de cem mil nos feriadões.
A culpa é da classe média
Reconhecidamente candidato do presidente Lula, Paes demonstrou alinhamento com o pensamento do presidente e jogou a culpa pelos engarrafamentos na classe média.
“Ali nós estamos falando de uma área que tem um terminal (Gentileza), o BRT chegando, linhas de ônibus chegando, o com VLT chegando e 700 metros de trem e de metrô. A gente tem uma mania no Brasil de induzir todo mundo a ir de carro, de táxi, a classe média adora isso”, atacou.
Melhor que ‘não tenha experiência’
Questionado sobre a necessidade de experiência para gerir a prefeitura, devido à pouca idade de seu candidato à vice, o deputado estadual Eduardo Cavalieri, o prefeito quase escorregou numa casca de banana que ele mesmo lançou. “[Para] certas práticas [que] a política carioca e fluminense exigem, é bom que nem tenha tanta experiência”, deixou escapar.
Cortado pelo entrevistador, que perguntou se o prefeito se referia à corrupção, Paes apressou-se em responder: “Eu faço política, mas não entrego meu governo para o jogo da política”.
Vazamento de vídeo íntimo ‘é baixaria’
Sobre a decisão de preterir o deputado federal Pedro Paulo, outro cotado como seu vice, o prefeito fez questão de defender o companheiro, que desistiu de compor a chapa com ele.
“Acho que a atitude dele foi para não deixar que essa baixaria que tem na política, questões que envolvem a vida pessoal das pessoas, que não é nossa tarefa discutir, possa estar pautando as eleições”.
- Imagem/Reprodução de vídeo