PL divulga nota sobre posicionamento no caso Lucinha e diz que não faz política com o fígado

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A bancada do Partido Liberal na Alerj poderia ter se aproveitado do fato da deputada Lúcia Helena Pinto de Barros, a Lucinha (PSD), integrar o grupo político do prefeito Eduardo Paes para explorar de forma política e eleitoral o caso do suposto envolvimento dela com a milícia. Mas não foi isso o que aconteceu.

Embora sejam inimigos políticos, o PL teve a coragem de não fazer política com o fígado, e votou pela preservação do mandato da parlamentar na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Em nota divulgada à imprensa na manhã desta quinta-feira (8), assinada pelo deputado Anderson Moraes, líder do PL na Casa, a bancada do partido na Alerj explicou seu posicionamento.

“Nessa direção, a Constituição é clara ao estabelecer que o mandato não é do político, e sim do parlamento, e cabe ao parlamento quaisquer decisões sobre afastamento ou cassação de parlamentares. Sendo assim, apesar de Eduardo Paes e seus aliados atribuírem aos seus opositores apelidos e adjetivos que cabem unicamente a eles, a resposta do PL, majoritariamente, às graves denúncias contra a deputada Lucinha será técnica e de acordo com a lei”, diz trecho do documento.

Nesta quarta-feira (7), por 6 votos a 1, os deputados da CCJ decidiram revogar a decisão do Órgão Especial do Tribunal de Justiça do RJ que, no final do ano passado, determinou o afastamento da deputada por tempo indeterminado. Dois deputados são do PL: Dr. Serginho e Guilherme Delaroli. A CCJ, porém, definiu que Lucinha será investigada no Conselho de Ética, por quebra de decoro parlamentar.

Também votaram contra o afastamento de Lucinha os deputados Fred Pacheco, Felipinho Ravis, Vinicius Cozzolino e Rodrigo Amorim. O único voto contrário foi o da deputada Verônica Lima (PT).

A deputada Lucinha e uma assessora foram alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Rio no fim do ano passado. As investigações apontaram que Lucinha e uma assessora teriam articulado politicamente junto aos órgãos públicos para atender aos interesses da milícia. A PF chegou a afirmar que a deputada era chamada de “madrinha” pelos chefes da milícia que atua na Zona Oeste do Rio.

Segue abaixo a íntegra do comunicado divulgado pelo PL:

*imagem principal/Rafael Wallace/Alerj

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