Durante a oitiva da CPI das Câmeras, nesta segunda-feira (08), o deputado Alan Lopes (PL) afirmou ter recebido de Rosenverg Reis (MDB) a denúncia de que há movimentações para oferecer propina a parlamentares em meio às investigações da Comissão.
O deputado Alan endureceu o tom: “Eu não tenho rabo preso com ninguém. Se tem gente se movimentando, que deem nomes aos bois, porque se descobrirmos que estão usando nosso nome para esse tipo de vagabundagem, vou denunciar à Polícia Civil e entrar com processo criminal”.
O relator da CPI, Filippe Poubel (PL), classificou as denúncias como “gravíssimas” e defendeu a participação da Polícia Civil nas próximas reuniões. “Vozes de prisão serão dadas aqui. Não vamos aceitar esse tipo de ação contra parlamentares e contra esta Casa”, disse.
O presidente da CPI, Alexandre Knoploch (PL), afirmou que os autos serão encaminhados à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal. Ele também alertou: “Não há ninguém autorizado a falar em nome da Comissão. Nós temos mandato, conhecemos inúmeras pessoas, isso é natural, mas se alguém está usando nosso nome para falar qualquer coisa, é mentira. E quem oferecer benefício a essas pessoas vai perder o dinheiro”.
Indignado, o deputado Rodrigo Amorim (União), também integrante da CPI, declarou: “Se tem vagabundo querendo acertar com a CPI alguma coisa, é sinal de que estamos no caminho certo. Vamos botar o dedo na ferida dessa pouca vergonha que acontece no Rio de Janeiro”.
Na reunião desta segunda-feira, a Comissão ouviu representantes de seguradoras e empresas de proteção veicular para apurar suspeitas de pagamentos ao crime organizado no resgate de veículos. A CPI também investiga o funcionamento de sistemas de videomonitoramento em locais públicos e sua eventual ligação com atividades criminosas.
