O vereador carioca Willian Coelho (DC) sofreu um baque político de proporções devastadoras: foi destituído da presidência do diretório estadual do Democracia Cristã e, mais grave ainda, excluído por completo da nova composição da Executiva. Coelho, que até pouco tempo comandava a legenda no Rio de Janeiro, agora sequer figura entre os membros da direção partidária — um sinal claro de que foi colocado para escanteio.
Derrocada confirmada em certidão oficial
A reviravolta foi oficializada na certidão registrada na Justiça Eleitoral, que aponta Mauro Raphael Cozzolino Nascimento como novo presidente estadual do DC. Mauro é primo do prefeito de Magé, Renato Cozzolino (PP), e representa a ascensão da família Cozzolino na estrutura partidária fluminense.
Disputa interna e queda livre
A eleição de João Caldas para a presidência nacional do DC, em julho, acendeu o estopim de uma disputa interna feroz. A promessa de renovação feita por Caldas — eleito por unanimidade com apoio dos 47 votantes — não contemplava o estilo de gestão de Coelho, acusado por correligionários de usar a sigla como trampolim eleitoral pessoal.
Isolamento político e perda de influência
Coelho, que havia assumido o diretório estadual às vésperas das eleições de 2024, agora amarga um isolamento político quase absoluto. Sem cargo, sem influência e sem respaldo interno, o vereador vê sua liderança ruir diante da articulação da poderosa família Cozzolino, que avança com força sobre os espaços estratégicos do partido.
A exclusão de Coelho da Executiva não é apenas simbólica — é um recado claro de que ele não tem mais voz nem vez dentro do Democracia Cristã.