Acuado pelos adversários, Eduardo Paes demonstra nervosismo durante debate

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Apesar da vasta experiência política, o prefeito Eduardo Paes  (PSD) demonstrou insegurança e nervosismo desde o início do debate entre os candidatos à prefeitura do Rio, promovido na noite desta quinta (8) pela Band. 

Por duas vezes o prefeito se atrapalhou e derrubou seu copo d’ água da bancada, em meio à avalanche de críticas ao seu governo, que partiu tanto da direita, com os bolsonaristas Delegado Ramagem (PL) e Rodrigo Amorim (União), quanto da esquerda,  com Tarcísio Motta (PSOL). Até Marcelo Queiroz (PP), que fez questão de se posicionar ao Centro no debate, também partiu para dentro.

O copo acabou retirado pela produção, mas o prefeito, ainda assim, não se mostrou à vontade como costuma ficar nos eventos públicos.

Também, não era para menos. O prefeito acabou no meio do fogo cruzado. Amorim não poupou apelidos a seu respeito. Chamou Paes de “nervosinho”, “filho de  Cabral”, “soldado de Lula” e “pai da mentira”. Tarcísio não ficou atrás. Referiu-se a Eduardo Paes como o  candidato Tik Tok que quer ficar mais 16 anos no poder. No entanto, disse que “ao contrário do prefeito”, não vai “esconder o Lula” de sua campanha, acrescentando que já conta com apoio de vários petistas. 

A responsabilidade do prefeito no combate à segurança pública pautou parte do  debate. Ramagem disse lamentar “o descaso” de Eduardo Paes com a violência que assola o Rio e deixa o cidadão com medo de sair de casa, enquanto Amorim anunciou que pretende transformar a Guarda Municipal em Polícia Municipal: “Ao contrário de Paes eu não vou lavar as mãos”. 

Um dos pontos altos foi quando Ramagem criticou Paes por conta do défict de 13 mil vagas nas creches.  

“A prefeitura gasta R$ 650 milhões com cabide de emprego. Mais de R$ 100 milhões no gabinete do prefeito. Uma vaga  de creche custa 700, se você quisesse acabar com o déficit de vagas de creche era só acabar com o cabide de emprego”, disparou o bolsonarista contra Paes.

A mobilidade não foi esquecida. Ramagem e Amorim disseram que faltou planejamento na implantação do BRT que deitxu a Av. Brasil entregue ao caos, com mais de 150 km de engarrafamentos.

Marcelo Queiroz ironizou o sistema de bilhetagem Jaé, anunciado por Eduardo Paes, devido à demora em sua implantação: “Jaé ou Jaéra”, brincou. A chamada caixa preta dos transportes, que consome recursos públicos no subsídio às empresas, também não ficou de fora dos temas debatidos pelos candidatos.

Durante o debate Paes ainda tentou desqualificar as acusações contra sua administração, apresentar números e atacar os adversários, mas era um contra todos e visivelmente lhe faltou a confiança e o desembaraço que sempre costuma demonstrar perante críticas a sua gestão.

Por fim, o clima dos últimos debates presidenciais foi resgatado durante a troca de farpas entre Rodrigo Amorim e Tarcísio Motta, que  foi acusado de “fazer parte da bancada das drogas” e de fugir do debate sobre o tema.

“Eu escolhi o lado do bem, das forças policiais e não dos traficantes”, cutucou Amorim, que foi chamado de Padre Kelmon por Tarcísio, pela sua sintonia com a candidatura de Ramagem. O bolsonarista revidou na lata, comparando Tarcísio à Simone Tebet. 

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