Acompanhando a nova concessão da BR-040 e atento ao futuro da rodovia, o deputado estadual Yuri Moura (PSOL) visitou novamente a sede da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), em Brasília. Yuri levou à direção da agência, questionamentos sobre o novo contrato de concessão da rodovia, após leilão vencido pela Nova Estrada Real. A empresa é ligada ao mesmo grupo econômico da antiga concessionária Concer, que há décadas é alvo de críticas por abandono das obras da Nova Subida da Serra, cobranças abusivas de pedágio, impactos em moradores nas margens da rodovia e prejuízos a mobilidade e desenvolvimento regional.
Acompanhado do vereador de Areal, Samuel Sanseverino, Yuri Moura demonstrou preocupação com o futuro da rodovia e com o desenvolvimento econômico dos municípios cortados pela BR-040: “Nossa região foi completamente penalizada por um modelo falido de concessão. A nova subida da Serra foi abandonada, famílias foram atingidas, e o pedágio continua pesando no bolso de quem não tem outra opção de trajeto. Agora, após o novo leilão, o mesmo grupo econômico segue com a concessão, o que nos traz incertezas”, denunciou.
O pedágio da BR-040 é um dos mais caros do país em relação ao trecho concedido, com cobrança de ida e volta em um curto espaço, sem que o retorno em melhorias seja percebido pelo usuário. A ausência de transporte público intermunicipal eficiente e a valores razoáveis faz com que milhares de pessoas dependam de carros e ônibus particulares, agravando ainda mais o impacto dos altos valores.
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Com um histórico de mobilização em defesa da mobilidade e da justiça tarifária, Yuri Moura já havia levado o debate à Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) em outras ocasiões por meio da campanha ”Fora CONCER!”, além de audiência pública e inúmeras idas até Brasília. Agora, o parlamentar articula uma nova audiência pública para discutir a legalidade, os riscos e as possibilidades de revisão do contrato com a Nova Estrada Real. “Queremos saber onde estão as janelas de oportunidade para reverter de verdade o modelo anterior, e não deixar a nova concessionária descumprir como foi feito no passado. E se for preciso, vamos judicializar, inclusive, questionando o resultado do leilão!”, afirmou.
Além do impacto direto na vida dos moradores, o estado das rodovias federais compromete o desenvolvimento econômico da Serra. O transporte de mercadorias, o escoamento da produção local e até o turismo são afetados por uma infraestrutura deficiente, gerida por concessionárias que priorizam o lucro em detrimento do interesse público.
“O que está em jogo é mais do que um contrato: é o direito de ir e vir, é o desenvolvimento da nossa região e o respeito com quem trabalha e mora no interior. Seguimos com responsabilidade e vigilância, em nome da população fluminense”, concluiu Yuri.