Em resposta ao alarmante número de profissionais da segurança pública vitimados em serviço, a Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) aprovou a criação de uma Comissão Especial para investigar os casos envolvendo policiais civis, militares e bombeiros mortos durante o trabalho. O Requerimento Nº 75/2025, de autoria do deputado Renan Jordy (PL), foi publicado no Diário Oficial nesta quarta-feira (13), oficializando o início dos trabalhos do colegiado.
Rio lidera ranking nacional de agentes assassinados
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), do Ministério da Justiça, entre janeiro e abril deste ano, 71 agentes foram assassinados em todo o país. O estado do Rio de Janeiro concentra mais da metade desses casos: 37 mortes, evidenciando a gravidade da situação local.
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“Medo constante” entre profissionais da segurança
Renan Jordy, autor da proposta, destaca que “o estado do Rio enfrenta grandes desafios relacionados à criminalidade”, e que a alta letalidade entre agentes gera um clima de “aflição e medo” entre os profissionais, que temem deixar suas famílias de forma precoce. Para o parlamentar, a comissão será um instrumento fundamental para investigar os casos, propor soluções e contribuir para a redução da violência contra os agentes.
Composição e prazo
A Comissão Especial será formada por cinco membros e terá um prazo inicial de 120 dias para concluir os trabalhos, com possibilidade de prorrogação por mais 90 dias. A expectativa é que o colegiado produza um relatório robusto que possa orientar políticas públicas voltadas à proteção dos profissionais da segurança pública.