A bancada do Rio de Janeiro na Câmara dos Deputados pode perder quatro cadeiras em 2026 devido à mudança do perfil demográfico, como prevê a legislação. O STF já estipulou que até o fim de junho a Câmara Federal atualize o número de sua representação parlamentar por estados, com base no Censo de 2022 do IBGE. Nesta atualização, a bancada fluminense será a mais prejudicada na Casa, a partir de 2027.
Para evitar a perda de representatividade em Brasília, parlamentares pressionam para que a nova configuração não retire cadeiras já existentes. O assunto foi um dos tratados durante a campanha de Hugo Motta (Republicanos-PB) à presidência da Câmara. Além dos deputados fluminenses, as bancadas de Alagoas, Bahia, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Rio Grande do Sul, que assim como a do Rio perderiam espaço no Congresso, também fazem pressão.
Os defensores da manutenção do número de cadeiras alegam que não há empecilho, ja que há margem na previsão orçamentária do Legislativo para acomodar os novos parlamentares, sem elevar gastos. Ao todo seriam criadas mais 18 vagas, o que faria com que o total de deputados federais chegasse a 531.
Sob pressão até mesmo da bancada de seu estado, a Paraíba, que perderia duas cadeiras, Hugo Motta, caso seja confirmado na presidência, deve iniciar seu mandato pedindo ao STF que conceda mais tempo para a análise da decisão que pode alterar a formação do plenário. Motta hoje é franco favorito na disputa que será realizada em fevereiro. E quer continuar sendo.