Paes ignora o legislativo a ponto de responder a vereadores que já deixaram o cargo — ou até faleceram

Jefferson Lemos
Paes ignora o legislativo a ponto de responder a vereadores que já deixaram o cargo — ou até faleceram (Thomaz Silva/EBC)

Na Câmara Municipal do Rio, o absurdo virou rotina. A prefeitura, sob comando de Eduardo Paes (PSD), levou três anos para responder a requerimentos de vereadores — e o fez quando alguns já não ocupavam mais seus cargos. Em um caso extremo, até um parlamentar falecido “recebeu” resposta.

Na semana passada, a coordenadoria de Assessoramento Legislativo e Parlamentar decidiu realizar uma força-tarefa para devolver os pedidos de informação que se acumulavam no Centro Administrativo. Atraso? Mais que isso: desrespeito institucional.

Respostas para quem já partiu

– Os ex-vereadores Waldir Brazão e Luciana Boiteux, que não se reelegeram, foram surpreendidos com respostas a requerimentos enviados em 2022 — quando ainda tinham gabinete no Palácio Pedro Ernesto.
– Mais surreal ainda: o saudoso Professor Célio Lupparelli, falecido em maio de 2024, teve uma indicação legislativa de 2023 respondida na edição de terça-feira do Diário Oficial.

A Câmara, que há tempos se tornou território das perguntas sem respostas, agora lida com o oposto: respostas que chegam tarde demais — literalmente além da vida parlamentar.

Antes tarde, que nunca? Ainda há quem diga que, apesar do atraso, as respostas foram dadas. É sério?

  • com informações do site Tempo Real
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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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