Durante audiencia pública desta quarta (19), que discute o polêmico projeto da Força Municipal de Segurança, enviado pelo prefeito Eduardo Paes (PSD), o presidente da Comissão de Segurança pública da Câmara, vereador Rogério Amorim (PL), criticou a contratação da empresa responsável pela prestação de serviços de consultoria visando a política municipal de segurança publica. Contratada por quase R$ 5 milhões em regime de urgência, ela funciona segundo o vereador, em um sobrado na Rua Salvador de Sá, ao lado da lado da quadra da Estácio. O vereador disse que esteve no local e que lá existe um ateliê.
“Qual a expertise dessa empresa para desenvolver estudo que a secretaria deveria desenvolver?”, questionou Amorim, referindo-se ao curto período de existência da empresa. Além disso, segundo o vereador, o prefeito, que está em seu quarto mandato, teve tempo de sobra para fazer uma licitação, levantando suspeitas sobre os reais interesses do estudo e dos envolvidos no projeto. “A prefeitura não teria em seus quadros pessoas qualificadas para tal função?”, questionou.
Amorim ainda discursou em favor dos guardas municipais, criticando a contratação de egressos das Forças Armadas para a nova força, em detrimento dos agentes concursados. Outra crítica, foi em relação à obrigatoriedade do acautelamento das armas. Além do tempo de patrulhamento que será perdido em função da burocracia para a retirada e devolução das armas, o vereador lembrou que os servidores, sem o posse das armas após o expediente, serão colocados em risco, como alvos fáceis de bandidos.
“O guarda vai prender 10 vagabundos de faca, a Justiça vai soltar e ele vai embora para casa desarmado dentro do ônibus com os vagabundos que ele prendeu”, ilustrou, ressaltando ainda que bandidos estão assaltando o cidadão comum para roubar o celular utilizando fuzil e que pode haver retaliação contra os agentes.