Alerj celebra 80 anos da Feira de São Cristóvão com solenidade no Palácio Tiradentes

Jefferson Lemos
A celebração consagra oficialmente a feira como Patrimônio Histórico, Turístico, Cultural e Gastronômico do Estado (Alex Ramos/Alerj)

Em uma noite marcada por emoção, cultura e reconhecimento, a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), sob a gestão do presidente Rodrigo Bacellar (União),  homenageou os 80 anos da icônica Feira de São Cristóvão, em cerimônia realizada nesta terça-feira (23) no Palácio Tiradentes — berço da democracia fluminense.

A celebração consagra oficialmente a feira como Patrimônio Histórico, Turístico, Cultural e Gastronômico do Estado, conforme projeto de lei aprovado em 2023, de autoria da deputada Tia Ju (REP).

“A Feira é símbolo de resistência e identidade nordestina. Começou com barracas improvisadas e hoje pulsa em um pavilhão que há oito décadas acolhe sonhos e histórias”, declarou a parlamentar, que também anunciou a tramitação de uma Frente Parlamentar em Defesa da Cultura e Tradições Nordestinas.

Feira que transforma vidas

A solenidade foi marcada por depoimentos comoventes de quem vive a feira no dia a dia. Jerlany Versia, feirante há 28 anos, emocionou ao relatar sua trajetória: “Cheguei do Nordeste cheia de sonhos. A feira me acolheu, me deu sustento e dignidade. Criei meu filho ali, com muito trabalho e fé.”

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Luiz Carlos dos Santos, diretor da Comissão dos Feirantes do Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, também compartilhou sua história: “Entrei em 2009 sem saber o que esperar. Hoje, no quarto mandato à frente da feira, luto por esse espaço que representa meu pai, minha origem e nossa cultura.”

Reconhecimento e aplausos

Durante a cerimônia, artistas que animam o espaço com música e tradição receberam o Diploma Cultural Agamenon-Marabá. Feirantes veteranos e membros da diretoria foram agraciados com o Diploma de Mérito Legislativo. O encerramento foi marcado pela entrega da Moção de Aplausos, Louvor e Congratulações ao Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas, sede da feira.

A noite reafirmou o papel da Feira de São Cristóvão como um dos maiores redutos da cultura nordestina fora do Nordeste — um espaço onde o passado se encontra com o presente, e onde cada barraca conta uma história de luta, sabor e pertencimento.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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