Votada nesta terça-feira (25/06) na ALERJ, a indicação legislativa pedindo a extinção do Detro recebeu 12 emendas e retornou para as comissões, devendo retornar à pauta somente após o recesso parlamentar.
Autor da proposta, o deputado Filippe Poubel (PL) cobrou um posicionamento do governador Cláudio Castro, que já havia recebido um pedido anterior para regulamentar as blitzes, o que não aconteceu.
Em relação à nova proposta, ele espera que seja acatada por Cláudio Castro e mandou o recado.
“Governador, não dá para ficar em cima do muro. Ou o senhor está de um lado ou de outro. A população vai saber de que lado você está”, provocou Poubel, embora pertença à base do governo.
A indicação votada nesta terça ainda determina que as funções do órgão sejam transferidas para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
“O Detro nasceu com o único intuito de roubar. Finge que fiscaliza o transporte público, mas persegue todos os permissionários de vans para privilegiar as empresas de ônibus. Com certeza as empresas ( de ônibus) pagam propina pra não serem fiscalizadas, apadrinhadas por alguns politiblcos. Só serve com cabide de emprego e pra apadrinhar. O Detro é um tentáculo da máfia do reboque”, disparou Poubel em seu discurso em plenário.
Membro da Comissão Especial de Combate à Desordem Urbana, o deputado denunciou a celebração de um contrato de R$ 16 milhões firmado entre o Detro e o Consórcio Rio Parking Carioca, relativo a serviços de remoção, depósito e guarda de veículos rebocados.
“Nos últimos meses, a Comissão de Combate à Desordem Urbana tem realizado diversas fiscalizações no Estado e constatado diversas irregularidades, como contratos superfaturados e contratação de empresa de reboque que não possui veículos para realização dos serviços. O Detro há muitos anos vem demonstrando a sua mais completa incompetência para dar cumprimento às suas atribuições legais”, justifica o deputado Filippe Poubel.
Presidente da CPI dos Serviços Delegados, o deputado Rodrigo Amorim (União) também defendeu a extinção do Detro, classificando como negócio da China o esquema da chamada máfia dos reboques.
“A mesma empresa que reboca é a mesma que administra o pátio e que promove os leilões”, destacou.