Deputado critica tentativa de se proibir uso de câmeras de reconhecimento facial nos blocos de carnaval

Jefferson Lemos
"Os criminosos também têm direito de pular o carnaval", ironizou Márcio Gualberto, presidente da Comissão de Segurança Pública da Alerj

Presidente reeleito da Comissão de Segurança Pública da Alerj, o deputado Marcio Gualberto (PL) usou nesta quarta (26) o plenário para criticar pedido da Defensoria Pública de São Paulo (DPSP) para que o prefeito Ricardo Nunes (MDB) não utilize câmeras de reconhecimento facial nos blocos de carnaval da cidade.

Os equipamentos são utilizados para a identificação de criminosos foragidos da justiça. O caso ganhou repercussão nas redes sociais e internautas temem que pedidos semelhantes também acarretem no impedimento do uso das câmeras de reconhecimento facial no carnaval do Rio de Janeiro e de outras cidades.

“Os criminosos também têm direito de pular o carnaval sem serem incomodados por ninguém ou correrem risco de serem presos pela polícia”, ironizou o deputado.

A Prefeitura de São Paulo já avisou que não vai acatar a solicitação da DPSP e argumentou que o uso das câmeras de reconhecimento facial do município já resultaram na prisão em flagrante de mais de 1,9 mil criminosos e de outros 719 foragidos da Justiça. Outras 41 pessoas que estavam desaparecidas foram localizadas. Só neste mês, 143 foragidos da Justiça foram capturados.

Márcio Gualberto disse respeitar o a Defensoria Pública e evitou generalizações, mas falou que o pedido para que as câmeras não fossem utilizadas – feito por três promotoras – não chegou a causar estranhamento: “Respeito demais a Defensoria Pública, mas determinadas iniciativas nos últimos anos – de alguns defensores, não podemos generalizar – faz com que as pessoas imaginem – e eu não concordo – que a Defensoria Pública se tornou puxadinho do PT, Psol e de outros partidos de esquerda”.

O deputado fez questão de frisar que a maioria dos defensores se pautam pela lei e não “por ideologias nefastas como o esquerdismo”, mas lembrou a ADF 635, que restringiu aqui no Rio as ações das polícias nas favelas: “A defensoria do Rio entrou no STF com o PSB, assinou a petição com um partido político”.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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