A Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão criado no Senado Federal para analisar e avaliar as contas públicas e o cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), acaba de divulgar um relatório alarmante sobre a situação das contas públicas no Brasil.
O documento aponta para um estrangulamento fiscal absoluto, tornando insustentável a trajetória das despesas obrigatórias do governo.
Segundo a IFI, as medidas de corte de gastos anunciadas pelo governo Lula em 2023 e 2024 não foram suficientes para garantir superávits contínuos, e o país caminha para um cenário de déficit primário de R$ 64,2 bilhões em 2025, podendo dobrar em 2026.
Ao contrário do governo Bolsonaro, que encerrou sua gestão com superávit, o governo Lula enfrenta um rombo crescente nas contas públicas, gastando mais do que arrecada sem que a população perceba um retorno claro desses investimentos.
A dívida pública deve atingir 79,8% do PIB em 2025, aproximando-se de um nível crítico que pode comprometer a confiança dos investidores e a estabilidade econômica do país.
A IFI alerta que, sem um novo ajuste fiscal profundo, o Brasil enfrentará dificuldades ainda maiores nos próximos anos.
Arcabouço fiscal fracassa
O atual arcabouço fiscal não tem sido capaz de conter o crescimento da dívida, e especialistas já indicam a necessidade de uma reforma urgente no regime fiscal para evitar um colapso financeiro.
O governo Lula precisa agir rapidamente para reverter essa trajetória e garantir um futuro econômico sustentável para o país.
A população, por sua vez, observa com preocupação o aumento dos gastos públicos sem perceber melhorias significativas nos serviços essenciais.
O desafio do governo será equilibrar as contas sem comprometer investimentos estratégicos, garantindo que os recursos sejam aplicados de forma eficiente e transparente.
O Brasil está diante de uma encruzilhada fiscal.
A decisão sobre os próximos passos será determinante para o futuro econômico do país e para a qualidade de vida dos brasileiros.