O clima fechou para o vereador Eduardo Paiva (PL) na Câmara de Niterói. O presidente da Comissão Permanente de Ética e Decoro Parlamentar, Daniel Marques (PL), anunciou a abertura de um procedimento para investigar a denúncia de agressão que teria sido cometida pelo parlamentar contra o servidor Carlos Magno Oliveira de Faria, funcionário da Prefeitura de Niterói. O episódio, ocorrido nos corredores da Casa Legislativa nesta segunda (27), mobilizou a Polícia Civil e a Mesa Diretora.
Presidente da Comissão promete imparcialidade
Daniel Marques afirmou que tratará o caso com rigor e imparcialidade, mesmo sendo colega de partido de Paiva. “Vamos instaurar, pegar a cópia do registro de ocorrência e dar encaminhamento ao processo legal, com direito à ampla defesa e ao contraditório. Só após a apuração levaremos ao plenário para deliberar sobre possíveis sanções”, declarou.
Vereador é acusado de agressão na Câmara de Niterói e caso vai ao Conselho de Ética
Agressão e quebra de nariz
Segundo o boletim de ocorrência registrado na 76ª DP (Centro), o servidor foi chamado por Paiva para uma conversa no corredor, após estar no gabinete do vereador Morett (PSD). Testemunhas afirmam que o parlamentar desferiu um soco que teria quebrado o nariz da vítima. Carlos Magno passou por exame de corpo de delito e imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas pela polícia.
Paiva se defende e denuncia perseguição
Em pronunciamento, Eduardo Paiva negou a agressão e classificou o episódio como uma “manobra política” para silenciá-lo. “Fui pego de surpresa. O que foi relatado não aconteceu. Tenho recebido ameaças por investigar contratos milionários da prefeitura. Estão tentando me tirar de lá porque fiscalizo os contratos fraudulentos”, afirmou. O vereador também alegou que o servidor teria ido ao gabinete do prefeito Rodrigo Neves (PDT) antes de registrar a ocorrência, insinuando articulação política.
