Imposto seletivo pode fechar bares e restaurantes

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A pesquisa mais recente da Associação de Bares  e Restaurantes (Abrasel) revela um cenário preocupante para o setor no Brasil. Em maio, 64% dos negócios não obtiveram lucro, com 25% registrando prejuízo e 39% apenas equilibrando as contas. A alta dos insumos, com alimentos e bebidas subindo 4,2% este ano, contrasta com uma inflação de apenas 1,99% no setor, dificultando o reajuste de preços. 

A proposta de um imposto seletivo sobre bebidas açucaradas, discutida na regulamentação da reforma tributária, ameaça agravar a situação de um setor já fragilizado e endividado, com 39% dos estabelecimentos em atraso com impostos e empréstimos. 

Esse resultado negativo vem em um momento crítico, em que se discute a regulamentação da reforma tributária, incluindo a adoção de alíquotas mais altas para produtos muito consumidos em bares e restaurantes, como as bebidas adoçadas. 

O presidente da Abrasel, Paulo Solmucci, considera que a medida causará impactos graves para um setor já fragilizado.

 “O imposto seletivo sobre bebidas açucaradas pode ser um golpe duro para o setor. Nossos estabelecimentos já estão lutando para manter os preços acessíveis aos consumidores e aumentar essa carga tributária só irá agravar a situação”, afirma.

Ainda de acordo com Solmucci, além de prejudicial, a medida proposta na regulamentação da reforma é incoerente. 

“Essa taxação sobre as bebidas açucaradas é completamente incompreensível. O açúcar, quando vendido como parte da cesta básica, é considerado essencial e, por isso, não é taxado. Contudo, quando utilizado em bebidas, passa a ser tratado como um vilão”, completou.

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