A Defensoria Pública do Rio de Janeiro se envolveu em uma polêmica ao pedir ao STF, no último dia 19, que determine o afastamento de policiais civis e militares diretamente envolvidos em mortes durante operações nas comunidades, onde as tropas costumam ser recebidas por verdadeiros exércitos de bandidos com fuzis, armamento considerado de guerra.
De um lado, o órgão alegou que a manutenção dos agentes contraria uma resolução estadual que garante o atendimento psicológico a esses agentes e determina seu afastamento.
Mas de outro, boa parcela da sociedade argumenta que a medida defendida pela Defensoria pune o policial e o desmoraliza perante a criminalidade, enfraquecendo também a imagem da corporação. Os críticos ressaltam ainda que a resolução em questão trata o afastamento como opcional.
A polêmica surge em meio à discussão sobre a ADPF 635, que restringe as ações da polícia nas comunidades e tem sido bastante criticada por grande parte da sociedade.
Relatório divulgado pelo CNJ aponta o crescimento da facção criminosa Comando Vermelho (CV) após a medida e também a migração de criminosos de outros estados para as favelas do Rio, onde alegam que se sentem mais confortáveis e seguros pelo fato da polícia ter seu acesso restringido.
A tranquilidade nas comunidades é tanta que nesta semana PMs com cães farejadores encontraram quase duas toneladas de drogas (foto abaixo) que estavam escondidas em uma clínica da família e numa escola municipal no Complexo da Maré, na zona norte da capital. E segue o baile funk…
- Imagem/Divulgação/PMERJ