Jogos online estão gerando impacto de R$ 2 bilhões anuais somente na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, o que equivale a dois natais e meio. Atenta ao problema, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) ingressou com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar a Lei das Bets e solicitar, em caráter liminar, a suspensão da eficácia dela até o julgamento do mérito da questão.
No Rio, a Fecomércio-RJ demonstra grande preocupação com o crescimento significativo dos chamados bets e a maneira como eles vêm entrando na economia do Estado e prejudicando as atividades do comércio. A entidade alerta que os prejuízos no Brasil são bem maiores e que grande parte desses recursos não fica no país, provocando o enfraquecimento na economia e uma desidratação do poder de compra da população, o que intensifica a gravidade da situação.
“Como vimos na recente sondagem feita pelo Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), o principal motivo para a realização das apostas é a busca por dinheiro rápido. Portanto, é preciso que o poder público olhe com cuidado para temas como a conscientização da população, não só através da limitação da atuação dessas empresas, mas também pela educação financeira da sociedade a fim de reduzir os estragos no emprego e renda”, alerta Antonio Florencio de Queiroz Junior, presidente da Fecomércio RJ, em nota divulgada nesta terça (1º) para a imprensa.
A Fecomércio RJ entende que o avanço descontrolado das bets poderá trazer impactos econômicos e sociais irreversíveis.