A Prefeitura do Rio terá que explicar a contratação os serviços da empresa de aluguel de banheiros químicos que atuou em megablocos da capital durante o carnaval, e está sendo acusada de contaminar o meio ambiente. Uma força tarefa formada pela Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade, pelo Inea e pela Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), fiscalizaram e constataram irregularidades na empresa, como falta de limpeza e de tratamento ambiental adequado, poluição atmosférica e falta de licença.
Os fiscais constataram que os banheiros químicos eram limpos sem o cuidado com o descarte dos resíduos e a empresa, localizada em Higienópolis, não apresentou documentação necessária para a limpeza dos equipamentos no local. Em alguns banheiros ainda havia a presença de resíduos.
Pela legislação, o material deve ser totalmente aspirado no momento da retirada dos equipamentos nos locais de utilização, um serviço que é realizado com o apoio de caminhões a vácuo. Exatamente para impedir a contaminação de ambientes. E todo o material deve ser descartado em local indicado pelo Governo.
A empresa foi autuada pelo Inea também por não ter os veículos da frota vinculados ao Procon Fumaça Preta, o que também representa uma quebra de condicionante da licença ambiental, com a multa podendo alcançar entre R$ 150 e R$ 200 mil.
Na entrada do galpão, onde as cabines de banheiro ficavam armazenadas e recebiam a limpeza, os agentes encontraram restos de dejetos, além de produtos saneantes sem procedência e datas de validade. O responsável técnico da empresa foi autuado na DPMA pelos crimes ambientais, em razão do forte odor de urina que exalava das instalações e contaminava os prédios vizinhos.