Nos primeiros meses de 2025, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) já acumulou mais de três meses fora do país, em viagens internacionais, visitando nações como Rússia, China e Uruguai.
Enquanto isso, o Brasil enfrenta uma conjuntura econômica delicada, com inflação elevada, déficit fiscal crescente e escândalos de corrupção, como o caso do INSS.
A ausência prolongada do chefe do Executivo levanta questionamentos sobre suas prioridades e o impacto dessas viagens nos cofres públicos.
De acordo com dados do Portal da Transparência, os gastos com deslocamentos oficiais do governo Lula dispararam, atingindo R$ 789,1 milhões apenas no primeiro trimestre de 2025.
Esse montante representa um aumento de 29,1% em relação ao mesmo período de 2024 e supera os registros anteriores, incluindo os da gestão Dilma Rousseff.
As despesas incluem R$ 449,1 milhões em diárias e R$ 340 milhões em passagens e locomoção.
Além das viagens do presidente, os deslocamentos da primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, também geram polêmica.
Recentemente, sua viagem antecipada à Rússia, antes da chegada oficial da comitiva presidencial, foi alvo de críticas e requerimentos da oposição no Congresso.
Deputados questionam a justificativa para o uso de recursos públicos em deslocamentos que não fazem parte da agenda oficial do governo.
Desde 2023, os gastos de Janja em viagens já ultrapassaram R$ 1,2 milhão, incluindo deslocamentos para Nova York, Roma e Paris.
A falta de transparência sobre os custos dessas viagens reforça o debate sobre a necessidade de maior controle dos gastos públicos.
O governo federal tem negado pedidos de acesso a informações detalhadas sobre as despesas da primeira-dama, alegando sigilo por razões de segurança nacional.
Essa postura contrasta com as promessas de transparência feitas durante a campanha eleitoral e alimenta críticas tanto da oposição quanto de setores da sociedade civil.
Enquanto Lula segue sua agenda internacional, a população brasileira enfrenta dificuldades econômicas e espera respostas concretas para os desafios internos.
O questionamento que fica é: até que ponto essas viagens são essenciais para a diplomacia brasileira, e quando o presidente voltará sua atenção para os problemas urgentes do país?