Ele tem cara de terrorista?

Jefferson Lemos
Ao tratar cão de serviço como extremista, TAP agrava sofrimento de criança autista e expõe a falta de bom senso que está dominando o mundo (Álbum de família)

A companhia aérea TAP protagonizou um episódio absurdo ao impedir o embarque de Tedy, um cão de serviço essencial para o bem-estar de uma criança autista.

A empresa tratou o animal como uma ameaça à segurança, comparável a um terrorista, ignorando completamente a função vital que ele desempenha no dia a dia da menina.

Alice, de 12 anos, depende do suporte emocional e prático do cão para evitar crises severas. No entanto, há mais de um mês e meio ela está separada de Tedy, o que tem afetado profundamente sua saúde mental.

Alice, que é autista não-verbal, encontra no cão o suporte para evitar crises de ansiedade e agressividade. Quando soube que o animal não poderia viajar, a menina teve uma crise grave. Para ela, a presença do cão não é luxo, mas necessidade médica.

Ele tem cara de terrorista?

Prejuízo já ultrapassa R$ 3 milhões

A decisão da TAP é incompreensível, sobretudo porque a família já havia comprado passagens e conseguido autorização judicial para que Tedy viajasse na cabine. Mesmo assim, a companhia ignorou a ordem e cancelou o voo, gerando uma repercussão negativa e um prejuízo estimado em mais de R$ 3,2 milhões.

Alegando que o transporte do cão violaria seu manual de operações, a empresa demonstrou inflexibilidade e insensibilidade diante de um caso que exigia apenas bom senso.

O caso gerou repercussão internacional e levantou debates sobre os direitos das pessoas com deficiência e a necessidade de maior sensibilidade por parte das companhias aéreas.

A Justiça brasileira já marcou uma audiência para resolver o impasse, mas, enquanto isso, Alice continua sofrendo sem o apoio essencial de Tedy.

Mas o certificado veterinário necessário para a viagem expirou, criando mais obstáculos para a reunião dos dois.

Maus-tratos contra animais vira infração de trânsito!

Condomínios estão proibidos de impedir criação de animais de pequeno porte

Ameaça à segurança ou à burocracia?

Ao tratar um cão de serviço como se fosse uma ameaça à segurança, a TAP não apenas desrespeitou uma decisão judicial, mas também ignorou o impacto psicológico da separação na vida da criança.

O caso expõe a necessidade urgente de revisão dos protocolos das companhias aéreas para evitar que regras arbitrárias prevaleçam sobre o bom senso e a empatia.

Enquanto Alice segue sem seu fiel companheiro, a TAP mantém uma postura inflexível, ignorando a dor causada por sua decisão injustificável.

Até quando? Covardia contra filhote de vira-lata gera revolta na internet. Veja o vídeo

Compartilhe Este Artigo
Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
Deixe um comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

plugins premium WordPress