O terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva registra o pior desempenho legislativo desde a redemocratização. Com apenas 25% de aprovação das propostas enviadas ao Congresso, o Planalto acumula derrotas e vê crescer o desgaste político que pode impactar diretamente as eleições de 2026.
Baixa produtividade legislativa
Desde janeiro de 2023, das 239 propostas encaminhadas pelo Executivo, apenas 62 foram convertidas em lei. O índice é o mais baixo desde 1988, revelando uma crise de articulação política e a dificuldade de governar diante de um Parlamento fragmentado e polarizado.
Pautas travadas e tensão crescente
Entre os projetos emperrados estão a PEC da Segurança, o novo Plano Nacional de Educação e a regulamentação do trabalho por aplicativos. A votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, prevista para esta semana, é vista com apreensão pelo governo, que teme mais uma derrota estratégica.
Vexame internacional: escândalos, corrupção e falta de quorum ameaçam COP30 sob governo Lula
Milhões para impulsionar discurso
Diante do impasse, o Planalto lançou uma campanha milionária nas redes sociais conclamando a população a pressionar deputados e senadores pela aprovação de pautas sociais, como o fim da escala 6×1 e a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil. A iniciativa escancara a tentativa do governo de driblar o bloqueio político com apoio direto das ruas através da manipulação do discurso.
Rumo incerto
Com a governabilidade em xeque e a base aliada enfraquecida, Lula III enfrenta um cenário desafiador. A baixa produtividade legislativa não apenas compromete a agenda do Executivo, como acende o alerta vermelho para 2026.
