Os estádios do Rio de Janeiro estão prestes a ganhar um novo tipo de “bandeirinha” — não para marcar impedimentos, mas para garantir a segurança do espetáculo fora das quatro linhas. O Ministério Público do Estado (MPRJ), por meio do Grupo de Atuação Especializada em Desporto e Defesa do Torcedor (GAEDEST), deu o pontapé inicial para a criação de um protocolo inédito de segurança para os jogos de futebol no estado.
Na última quarta-feira (15), o Estádio Nilton Santos, o Engenhão, foi palco da primeira reunião do Grupo de Trabalho que vai elaborar os novos procedimentos. A iniciativa, visa estabelecer medidas personalizadas para cada partida, com base em análises de risco específicas e nas características operacionais de cada arena esportiva.
Estiveram presentes na reunião representantes do Batalhão Especializado de Policiamento em Estádios (BEPE), da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (FERJ), da CET-Rio, da Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEOP), da Guarda Municipal e da SAF Botafogo, que administra o Nilton Santos.
A metodologia adotada será a AREF (Análise de Risco dos Estádios de Futebol), que classifica os jogos em quatro níveis de risco — verde, amarelo, laranja e vermelho — permitindo que os órgãos de segurança e operação definam previamente as ações necessárias para cada cenário. O objetivo é claro: antecipar crises, garantir o bem-estar dos torcedores e assegurar a fluidez dos eventos.
Além do Engenhão, o plano contempla visitas técnicas e reuniões nos demais estádios do estado, como o Maracanã e São Januário, nas próximas etapas do projeto.
