Donos de cães podem pegar até 20 anos de prisão em caso de ataque

Jefferson Lemos

Tutores de cães classificados como “potencialmente perigosos” poderão enfrentar penas de até 20 anos de prisão em casos de ataques fatais. A proposta, apresentada pelo deputado Márcio Marinho (Republicanos-BA) na Câmara dos Deputados, endurece as regras para guarda e circulação desses animais e cria um novo marco legal de responsabilização penal.

Projeto de Lei 5.887/2025

O texto estabelece normas rígidas para tutores, incluindo:
– Registro Nacional de Cães Potencialmente Perigosos (RNCPP): cadastro obrigatório com informações sobre raça, idade, vacinação, microchip e histórico de ocorrências.
– Identificação visível: todos os animais deverão portar coleira com dados do tutor.
– Circulação em espaços públicos: guia curta e resistente e focinheira adequada ao porte do cão passam a ser obrigatórios em vias públicas, áreas coletivas e qualquer ambiente fora do domicílio.

Penalizações previstas

O projeto tipifica como crime conduzir ou permitir que o animal circule sem guia e focinheira, expondo terceiros a risco. As penas variam conforme a gravidade:
– Conduta de risco sem ataque: reclusão de 1 a 3 anos, além de multa.
– Lesão corporal grave: reclusão de 3 a 6 anos.
– Morte: reclusão de 8 a 20 anos, enquadrando o tutor em crime doloso por dolo eventual.

Justificativa

Segundo Marinho, a proposta busca “preencher uma lacuna normativa” no ordenamento jurídico brasileiro, responsabilizando penalmente tutores que, por negligência ou imprudência, coloquem a sociedade em risco ao conduzir cães de raças perigosas sem os equipamentos de contenção obrigatórios.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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