Trapalhada de presos: fuga dá errado e bandidos se dão mal no Rio

Jefferson Lemos
O grupo foi imediatamente contido e transferido para a temida Penitenciária de Segurança Máxima Bangu 1, onde o regime é ainda mais rígido (Divulgação/Seap)

O endurecimento contra o crime no Rio de Janeiro, promovido pelo governador Cláudio Castro, não está dando mole nem para os bandidos atrás das grades. A madrugada deste domingo (21) foi marcada por mais uma demonstração de vigilância implacável: policiais penais frustraram uma tentativa de fuga no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da capital, em um episódio que misturou ousadia e trapalhada.

O plano que deu errado

Segundo a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap), detentos do Presídio Nelson Hungria contavam com apoio externo para escapar. Do lado de fora, porém, o grupo de comparsas se confundiu e acabou atuando na unidade errada: foram flagrados nas imediações do Presídio Lemos de Brito, por volta das 3h15. Um policial penal percebeu a movimentação suspeita e disparou um tiro de advertência para o alto, dispersando os criminosos.

Ferramentas da fuga

Nas buscas, os agentes encontraram uma bolsa com quatro discos de serra elétrica, uma escada improvisada e uma corrente cortada — arsenal típico de fuga cinematográfica, mas que não passou da tentativa.

Dentro das celas

Enquanto isso, no Nelson Hungria, quatro detentos já haviam iniciado o corte das grades das celas. O grupo foi imediatamente contido e transferido para a temida Penitenciária de Segurança Máxima Bangu 1, onde o regime é ainda mais rígido. As visitas, suspensas durante o domingo, foram normalizadas após o episódio.

Linha dura

O caso reforça a linha dura adotada pelo governo estadual contra o crime organizado. A política de endurecimento não se limita às ruas: dentro dos presídios, a vigilância tem se mostrado cada vez mais rigorosa, deixando claro que o cerco contra a criminalidade não dá espaço para brechas — nem mesmo para fugas mal planejadas.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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