Governado pelo PT desde 2007, o Estado da Bahia enfrenta uma grave crise de saneamento básico que vem impactando diretamente a saúde de sua população.
Ao todo, 58,8% da população ainda não tem acesso à coleta de esgoto, o que representa mais de 8,3 milhões de baianos, segundo levantamento do Instituto Trata Brasil. Mais de 20% não tem sequer abastecimento de água.
Doenças como diarreia, leptospirose e parasitoses estão se espalhando em várias regiões do estado, especialmente nas comunidades mais vulneráveis, onde o acesso a água tratada e sistemas de esgoto é praticamente inexistente.
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Segundo últimos dados divulgados pelo SUS baiano, mais de 11,2 mil internações ocorreram por doenças do tipo, como hepatite infecciosa, cólera, gastroenterite, diarreia, criptosporidíase, Febre tifoide e paratifoide, entre outras. Ao todo, 182 delas vieram a óbito.
As despesas com internações decorrentes desses problemas de saúde ultrapassaram a R$ 5 milhões naquele ano.
A situação expõe uma falha estrutural na gestão pública, evidenciando a responsabilidade do governo estadual na resolução desse problema.
Apesar de ser um direito fundamental garantido pela Constituição, o saneamento básico continua sendo negligenciado, colocando milhões de baianos em risco.
Estudos apontam que a ausência de investimentos adequados em infraestrutura de saneamento tem consequências devastadoras para a saúde pública e para o desenvolvimento social e econômico da Bahia.
Baianos convivem com valões
Em diversas cidades baianas, os moradores convivem com valas a céu aberto, despejo irregular de resíduos e falta de água potável.
Crianças e idosos, os mais vulneráveis, são as principais vítimas dos surtos de doenças relacionadas à falta de higiene e água de qualidade.
Além disso, a contaminação de rios e mananciais agrava ainda mais o problema, comprometendo o meio ambiente e a segurança alimentar.
A população, indignada, clama por ações efetivas do poder público. Mas até agora, medidas concretas para solucionar a crise são escassas ou inexistentes.
Enquanto isso, o sofrimento causado pela falta de saneamento continua crescendo.
População carente é a que mais sofre
Cabe ao governo estadual, que se elegeu com um discurso focado na ajuda à população mais vulnerabilizada, assumir suas responsabilidades e priorizar investimentos em infraestrutura básica, garantindo dignidade e saúde para todos os baianos.
O desafio é grande, mas ignorá-lo é insustentável.
Ações preventivas, como campanhas de conscientização e construção de sistemas de saneamento, devem ser impulsionadas imediatamente.
O acesso ao saneamento não é apenas uma questão de saúde, mas também de justiça social.
Este é um chamado urgente para que as autoridades deixem de lado a apatia e transformem palavras em ações.
Afinal, cada dia de negligência custa vidas e perpetua o ciclo da pobreza e da exclusão.