O crime que vitimou Zilda Thereza Feiger, de 93 anos, no último sábado (7), no Centro de Vitória, escancara um problema que há tempos preocupa a sociedade: a impunidade de criminosos reincidentes. A idosa, que voltava da padaria, foi abordada por um ladrão de 38 anos, que puxou sua bolsa, fazendo com que ela caísse no meio da rua e se machucasse. Veja o vídeo:
O bandido, que já possuía diversas passagens pela polícia por tráfico, roubo e furto, foi beneficiado por uma saída temporária e não retornou à prisão, voltando a cometer crimes. Após o assalto, ele foi reconhecido por populares, espancado e precisou buscar refúgio em uma igreja antes de ser preso.
O caso ganha contornos ainda mais preocupantes diante da recente decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que passou a considerar esse tipo de crime como furto, e não roubo. A mudança pode impactar diretamente na punição dos criminosos, que poderão cumprir penas alternativas em vez de serem presos.
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A Polícia Militar informou que o bandido confessou o crime ao ser abordado no hospital onde foi localizado. Já a vítima, apesar dos ferimentos, demonstrou resiliência: “Nunca imaginei passar por uma situação como essa. Machucou meu rosto, meu ombro, tive alguns arranhões… Mas estou em ótima recuperação. Não estou com raiva, entreguei a vida dele pra Deus”.
A decisão do STJ levanta um debate sobre a segurança pública e a proteção dos mais vulneráveis. Com criminosos reincidentes sendo beneficiados por penas mais brandas, a sensação de impunidade cresce, deixando a população ainda mais exposta à violência.