Revolta nos terminais: Jaé acumula falhas e nova punição no Rio

Jefferson Lemos
As fiscalizações revelaram um cenário caótico: máquinas de recarga quebradas, filas com até 200 pessoas, esperas intermináveis, desorganização no atendimento preferencial, falta de informações básicas e até ausência do livro de reclamações (Divulgação)

Desde que se tornou obrigatório nos transportes municipais do Rio de Janeiro, o cartão Jaé — sistema implantado pela Prefeitura — tem sido sinônimo de transtornos para os passageiros. E a crise parece longe do fim. Nesta quinta-feira (16), a Secretaria Estadual do Consumidor (Sedcon) e o Procon-RJ aplicaram mais uma multa milionária à empresa responsável pelo serviço, a CBD Bilhete Digital: quase R$ 2 milhões por novas infrações que ferem os direitos dos consumidores.

As fiscalizações revelaram um cenário caótico: máquinas de recarga quebradas, filas com até 200 pessoas, esperas intermináveis, desorganização no atendimento preferencial, falta de informações básicas e até ausência do livro de reclamações — um retrato do descaso com o usuário.

Histórico de penalidades milionárias

Essa não é a primeira vez que a empresa é penalizada. Em julho, a Sedcon e o Procon-RJ já haviam aplicado uma multa de R$ 12 milhões, após o início da obrigatoriedade do Jaé em ônibus, BRT, VLT, vans e cabritinhos. Um mês antes, em junho, outra multa de R$ 10 milhões já havia sido imposta por falhas semelhantes.

O que era para ser uma modernização do transporte público virou um pesadelo diário para milhares de cariocas. E a cada nova sanção, cresce a pressão por uma solução definitiva.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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