Para tratar de questões relacionadas à expansão do crime organizado para além das fronteiras do Estado do RJ, representantes do Banco Mundial na área ambiental, Erwin de Nys, gerente ambiental para a América Latina, e Werner Kornexl, chefe da equipe ambiental no escritório brasileiro da instituição, se reuniram nesta quarta (22) com o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira. Durante o encontro, ficou acertado que o MPRJ sediará nos próximos meses um evento, com a participação de representantes do Banco Mundial e especialistas em segurança pública, para debater formas de combate ao crime organizado.
“Hoje o crime já não se situa em um único local. Ele não é mais estadual, é interestadual e transnacional. Por isso, o Banco Mundial tem interesse em financiar projetos que possibilitem a repressão ao crime organizado não apenas de maneira local, mas também de forma transnacional. E hoje, no Rio de Janeiro, uma determinada organização criminosa, além de ter espraiado suas atividades para outros estados, já se desloca para a Europa e para os Estados Unidos, ou seja, existe uma convergência de interesses muito grande entre o MPRJ e o Banco Mundial”, afirmou o procurador-geral de Justiça.
Em 2009, um relatório do Departamento de Estado do EUA já apontava a internacionalização do Comando Vermelho (CV). Segundo o documento, a facção criminosa teria começado sua atuação no exterior pela Bolívia, Paraguai e, “possivelmente”, Portugal. Para Antonio José Campos Moreira a parceria entre as duas instituições será importante no combate ao crime organizado. O procurador-geral de Justiça destacou que existe uma convergência de interesses muito grande entre o MPRJ e o Banco Mundial, que já atua na região amazônica, ajudando na repressão de crimes ambientais.
“Acertamos um evento em que Profissionais do Banco Mundial apresentarão ferramentas que possuem de investigação financeira e patrimonial, além de abordarem projetos financiados na região amazônica para reprimir crimes ambientais diretamente ligados ao tráfico de drogas. Isso, para nós, é fundamental porque uma das prioridades da gestão é qualificar a investigação, sobretudo a investigação patrimonial”, destacou o PGJ.
- com informações do MPRJ