O governador Cláudio Castro já realizou neste ano a entrega de 3,4 mil capacetes balísticos e mais de 2,4 mil coletes de proteção para a Polícia Militar.
Até o fim de maio serão 9 mil capacetes e coletes entregues no total.
Os equipamentos de proteção individual serão utilizados pelos agentes em ações de policiamento ostensivo, especialmente em comunidades, representando uma iniciativa inédita no país.
O uso dos capacetes balísticos por policiais militares não chega a ser novidade. Ele já vinha sendo usado desde 2023 pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) e pelos Grupamentos de Ações Táticas (GATs). Agora, será expandido para outros policiais.
A medida faz parte de um projeto de ampliação de investimentos em segurança pública, que já destinou mais de R$ 4 bilhões às polícias Militar e Civil.
A iniciativa busca reforçar a proteção dos agentes em operações de alto risco, especialmente em comunidades dominadas pelo crime organizado.
Poder do crime organizado foi impulsionado pela ADPF das Favelas
A entrega dos equipamentos ocorre em um contexto de fortalecimento das facções criminosas no estado, impulsionado por fatores como a legislação ultrapassada, a política de desencarceramento e a chamada bandidolatria, que, segundo especialistas, dificultam o combate efetivo à criminalidade.
Além disso, medidas como a ADPF das Favelas, que restringiu operações policiais em comunidades, foram apontadas como um dos fatores que contribuíram para o crescimento do poder das organizações criminosas no Estado.
“Estamos operando em cenários que se assemelham a uma guerra convencional. Proteger nossos policiais é fundamental para garantir a segurança da população”, afirmou Cláudio Castro, durante um evento e entrega dos equipamentos.
Os novos equipamentos representam um avanço significativo na proteção individual dos agentes, que frequentemente enfrentam situações de extremo perigo.
Mudanças na legislação e controle da entrada de armas são necessários
No entanto, especialistas alertam que medidas como essa precisam ser acompanhadas de reformas estruturais na legislação e de uma política de segurança pública mais robusta, com controle da entrada de armas pesadas como fuzis pelas fronteiras.
Se o governo Federal também não fizer a sua parte, será difícil conter o avanço das facções criminosas e reduzir os índices alarmantes de violência no estado.