Operação Barricada Zero: São Gonçalo no centro da ofensiva contra o crime

Jefferson Lemos

Nesta segunda-feira (24), São Gonçalo amanheceu sob o impacto da Operação Barricada Zero, uma força-tarefa integrada das polícias Civil e Militar que busca desmontar as estruturas erguidas por facções criminosas para controlar territórios e restringir a circulação de moradores. O prefeito Capitão Nelson manifestou apoio irrestrito à iniciativa, ressaltando que o endurecimento das ações policiais atende ao desejo da população por mais segurança e liberdade de ir e vir.

Apoio político e clamor popular

Capitão Nelson enfatizou que a operação representa um marco no combate ao crime organizado em São Gonçalo. Para ele, o esforço conjunto entre governo estadual, forças policiais e prefeitura é uma resposta concreta ao clamor popular por liberdade e segurança.

“Não podemos permitir que criminosos determinem quem entra ou sai de nossas comunidades. A população exige ação, e estamos unidos para garantir que o direito de ir e vir seja respeitado”, afirmou o prefeito.

Jardim Catarina: foco da intervenção

O bairro Jardim Catarina, conhecido por ser uma das áreas mais afetadas por bloqueios ilegais, foi o ponto inicial da operação em São Gonçalo. Segundo levantamento do jornal A Tribuna, o município possui mais de mil barricadas mapeadas, o que o coloca entre os mais atingidos pelo controle territorial de facções na Região Metropolitana. Essas barreiras não apenas dificultam o acesso de ambulâncias, escolas e serviços urbanos, como também representam um obstáculo constante para a própria polícia.

Ações simultâneas em vários municípios

A ofensiva não se restringe a São Gonçalo. As primeiras ações ocorreram de forma simultânea em Rio de Janeiro (Cidade de Deus), Duque de Caxias (Mangueirinha), Nova Iguaçu (Grão-Pará), Queimados (São Simão e Dom Bosco) e São Gonçalo. O plano, anunciado pelo governador Cláudio Castro na semana anterior, prevê a remoção de milhares de bloqueios em etapas, abrangendo ao todo 12 municípios. O Instituto de Segurança Pública (ISP-RJ) estima que existam 13.604 barreiras apenas no Grande Rio.

Impacto esperado

A expectativa é que a remoção das barricadas traga alívio imediato para moradores, permitindo a retomada de serviços essenciais e reduzindo o poder de intimidação das facções. Além disso, especialistas apontam que a operação pode abrir caminho para políticas públicas de urbanização e inclusão social.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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