O protesto dos motoristas de vans do Rio de Janeiro ganhou contornos de denúncia grave: a categoria acusa o sistema de bilhetagem eletrônica implantado pelo prefeito Eduardo Paes e operado pelo Jaé, de ser uma verdadeira “caixa-preta”, sem transparência sobre passageiros transportados e valores arrecadados.
Segundo os profissionais, o controle estaria nas mãos da Fetranspor, entidade que representa as empresas de ônibus. O documento com as acusações foi encaminhado não apenas à Prefeitura e à Câmara Municipal, mas também ao Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ).
Mobilização nas ruas
Na manhã desta terça-feira (25), motoristas paralisaram linhas em diversos bairros e seguiram em direção ao Centro, onde realizaram um protesto em frente à sede da Prefeitura. O ato busca pressionar o poder público a rever o modelo de financiamento do transporte complementar, que, segundo eles, ameaça a sobrevivência do serviço.
O manifesto da categoria
– O transporte alternativo surgiu nos anos 1980 e 1990 como resposta às falhas do sistema tradicional.
– É considerado essencial para comunidades sem acesso a uma mobilidade pública de qualidade.
– Motoristas exigem que o direito ao trabalho seja assegurado.
– Criticam os subsídios bilionários às empresas de ônibus: quase R$ 3 bilhões, contra valores irrisórios para as vans.
– Enquanto os ônibus recebem R$ 7,34 por passagem, as vans recebem apenas R$ 1,59 na integração — menos de 20% do repasse.
Denúncias e perseguição
Além da falta de transparência na bilhetagem, os motoristas afirmam ser alvo de perseguição e campanhas de desinformação que prejudicam a imagem das vans regularizadas.
As reivindicações
– Subsídios específicos para o transporte complementar.
– Equiparação tarifária com os ônibus.
– Reorganização e fortalecimento da operação.
– Transparência na gestão pública do transporte urbano.
