A audiência pública sobre o projeto da nova Guarda armada virou palco de mais um embate entre a base de Eduardo Paes (PSD) e os vereadores da oposição. Sem Casa Civil, sem Ordem Pública e sem Procuradoria Geral no plenário, a Prefeitura preferiu o silêncio. E quem roubou a cena foi Carlos Bolsonaro (PL), que não deixou passar batido o que classificou como “teatro” da base governista.
Ao subir à tribuna para defender o Executivo — e, claro, o prefeito, o vereador Salvino (PSD) reclamou das críticas ao vice-prefeito, que estaria ausente por estar em luto pelo pai, e acusou a oposição de “falta de humanidade” por manter o tom duro na audiência mesmo com o luto na equipe de Paes.
Carlos ouviu calado. Mas quando pegou o microfone, não poupou: “Semana passada, o mesmo vereador tentou declarar meu irmão, Eduardo Bolsonaro, persona non grata no Rio porque ele não pensa como o prefeito. Agora sobe ali pra discursar sobre humanidade? Tá de sacanagem, meu irmão?”
A resposta não parou por aí: “É demagogia o tempo inteiro. Com a Guarda, com a população, com todo mundo aqui dentro. Quer puxar o saco do teu chefe? Puxa. Só não vem aqui pisotear ainda mais na cabeça dos outros, porque ninguém aguenta mais tanta hipocrisia”.
As galerias — tomadas por guardas municipais — reagiu em couro com aplausos e gritos de apoio.