Fernanda Louback: ‘O progressismo não traz benefícios reais à sociedade’

Jefferson Lemos

Dando sequência à série de entrevistas com os vereadores campeões, que se destacaram de alguma forma nas eleições e que assumirão uma cadeira no Legislativo de suas cidades, o site COISAS DA POLÍTICA traz nesta sexta (8) um bate-papo com Fernanda Louback (PL), eleita para a Câmara Municipal de Niterói. As entrevistas da série serão publicadas na EDIÇÃO ESPECIAL de novembro da REVISTA COISAS DA POLÍTICA.

  • Nome completo: Fernanda Anchieta Louback
  • Formação: Superior Completo
  • Ocupação: Comerciante
  • Partido: PL

Conservadora, pró-vida e defensora da família

Apesar do discurso inclusivo da esquerda, a única mulher com cadeira na Câmara Municipal de Niterói a partir de 2025 é conservadora. Filiada ao PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, Fernanda Louback foi eleita para a próxima legislatura com 3.503 votos, prometendo uma postura firme contra os valores da esquerda. “Vejo essa agenda como uma inclusão fictícia, com um discurso desconectado da realidade e completamente utópico. Pregam uma coisa e fazem outra”, diz a vereadora eleita.

Fernanda Louback conta que resolveu entrar na política em 2015, quando, segundo ela, sofreu na própria pele os efeitos da má gestão pública de um governo de esquerda. Na época, ela tinha uma loja em Icaraí, que teve o acesso bloqueado por uma obra da prefeitura. Com isso, ficou impossibilitada de trabalhar por cerca de cinco meses.

Enfrentando dificuldades, Fernanda chegou a procurar a Câmara de Vereadores, mas conta que não foi recebida. Sem conseguir ajuda, resolveu ela mesma brigar pelos seus direitos e do restante da população que paga impostos e cumpre com seus deveres, mas que não é ouvida e muito menos respeitada pelo Poder Público.

Desde então, se mobilizou em defesa da liberdade e de outras causas conservadoras, o que a levou a presidir o PL Mulher em Niterói, cargo que deixou para se dedicar à sua campanha. Agora vereadora, ganhou mais respaldo para fiscalizar todo e qualquer desmando da administração pública.

Como mãe atípica, Fernanda Louback adiantou que dará uma atenção especial às mães de crianças com algum tipo de deficiência, síndrome ou condição que afete o seu desenvolvimento. “Tenho um olhar atento e sensível às necessidades das pessoas com condições raras”, ressalta a vereadora eleita, informando que apresentará projetos tanto para esta questão, como para garantir a transparência na gestão pública, que segundo ela, não cumpre seu papel. Confira a seguir:

COISAS DA POLÍTICA – O que a levou a entrar para a política? Poderia resumir a sua trajetória?

FERNANDA LOUBACK – Em 2015, o então prefeito Rodrigo Neves iniciou uma obra de revitalização bem em frente ao meu comércio, retirando a acessibilidade por cinco meses. Passei por todo o impacto que uma má administração pública pode ter na vida de um cidadão contribuinte, enfrentando momentos muito difíceis sem ter a quem recorrer. Comecei a me manifestar para que meu direito de trabalhar fosse restabelecido, e desde então, nunca mais parei. Fui candidata a vereadora em 2020, a deputada estadual em 2022, assumi a presidência do PL Mulher e, agora, fui eleita vereadora.

COISAS DA POLÍTICA – Quais as principais pautas que pretende trabalhar em seu mandato?

FERNANDA LOUBACK – Niterói hoje enfrenta problemas em diversas áreas. Vou lutar pela transparência e me comprometo a fiscalizar rigorosamente as contas públicas. Como mãe atípica, tenho um olhar atento e sensível às necessidades das pessoas com condições raras. A causa autista é negligenciada em Niterói, e farei o possível para implementar políticas públicas que ofereçam suporte e respeito para essa comunidade.

COISAS DA POLÍTICA – Deixando a política de lado, a que outras atividades costuma se dedicar? O que gosta de fazer, por exemplo, em suas horas vagas ou de lazer?

FERNANDA LOUBACK – Nos momentos livres dedico atividades com as minhas filhas, gosto muito de futebol e praia.

COISAS DA POLÍTICA – Diante da polarização que tomou conta do País, de que lado você se considera? Direita ou esquerda? E você avalia que a direita e a esquerda estão cumprindo bem os seus papéis?

FERNANDA LOUBACK – Me considero 100% à direita. Sou conservadora, pró-vida e defensora da família. Tenho uma postura firme contra a esquerda, pois acredito que o progressismo não traz benefícios reais à sociedade. Vejo essa agenda como uma inclusão fictícia, com um discurso desconectado da realidade e completamente utópico. Pregam uma coisa e fazem outra, promovendo a desconstrução da família e dos valores éticos e morais que sustentam nossa sociedade.

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Jefferson Lemos é jornalista e, antes de atuar no site Coisas da Política, trabalhou em veículos como O Fluminense, O Globo e O São Gonçalo. Contato: jeffersonlemos@coisasdapolitica.com.br
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