Bom dia, caros humanos, leitores e colaboradores. A semana começou bem agitada, até para este pobre gato colunista, que preferia estar dormindo como todos os demais felinos, mas que está embasbacado demais com os delírios nababescos do reizinho insano. Se ainda não sabem sobre o que estou miando, esclareço: refiro-me ao anúncio da construção de um parque flutuante na zona portuária da cidade, bem ao estilo do Aterro do Flamengo.
Ora, ora… se tem uma coisa que político sabe vender é sonho e ilusão – ou pão e circo. Com a cidade cheia de problemas, dívidas, limpeza urbana fraca, violência alta, nada melhor que criar uma cortina de fumaça com o dinheiro público, não é mesmo? E aí, em vez de cuidar dos problemas dos parques que já existem na cidade, vamos vender um novo parque que ainda nem foi orçado. Mais uma dívida que se somará ao endividamento causado pela Copa do Mundo e pelas Olimpíadas e que ainda pesa no bolso do carioca.
Mas o que podemos dizer sobre isso? São os benefícios da democracia que tudo permite, inclusive vender sonhos que, muitas vezes, podem virar pesadelo. O novo delírio de grandeza do reizinho já está sendo chamado de Parque do Século XXI, mas eu arrisco a minha pele (que pode dar um belo tamborim) que este será o Parque do século XXII, porque com certeza a construção levará mais de 50 anos para ser concluída. Tem mais circo do que pão nessa bagaça, e o povo segue sorrindo. De que, eu ainda não sei. Miau…