Apesar da folga numérica na mais recente Pesquisa do Instituto Paraná, divulgada nesta segunda (1) a história recente das eleições fluminenses ensina que largada não é chegada. Faltando 13 meses para o pleito, cravar a vitória de Eduardo Paes (PSD) é um exercício arriscado de futurologia. A pesquisa coloca o prefeito do Rio de Janeiro com ampla vantagem na corrida pelo governo do estado em 2026. Com 57% das intenções de voto no cenário estimulado. o segundo colocado, Rodrigo Bacellar (União Brasil), aparece com 10,4%, seguido por Tarcísio Motta (PSOL), com 8,3%. Em 2018 e 2022 Eduardo Paes também largou na frente e não foi eleito.
Lições do passado: 2018 e 2022
Em 2018, Eduardo Paes também começou como favorito. Ex-prefeito da capital, com recall elevado e apoio de uma ampla coligação, liderava as pesquisas com folga. No entanto, foi derrotado no segundo turno por Wilson Witzel (PSC), um outsider que surfou a onda bolsonarista e virou o jogo em 89 dos 92 municípios fluminenses.
Quatro anos depois, em 2022, o cenário se repetiu com outro protagonista. Marcelo Freixo (PSB), então deputado federal, despontava como líder nas intenções de voto e reunia apoio de partidos da esquerda e centro. Mas foi Cláudio Castro (PL), atual governador, quem venceu no primeiro turno com mais de 58% dos votos válidos, o que mostrou a força do bolsonarismo no Rio.
Cautela com os números
A vantagem de Eduardo Paes é real, mas não definitiva. A 13 meses das eleições, o cenário ainda está em formação. O alto índice de indecisos e a ausência de um adversário consolidado explicam a folga atual, mas não garantem o desfecho.
Se há algo que os fluminenses aprenderam com as urnas, é que eleição se vence nos minutos finais — e o jogo ainda nem começou.
